Alemanha 1-2 Brasil
(Placar 90+2′ – Tamires 10′, Ary 2′)
Max-Morlock-Stadion, Nuremberga
Dois gols fracos no primeiro tempo deram o tom em Nuremberg, com a derrota da Alemanha por 2 a 1 para o Brasil, naquela que foi a última partida de Dzsenifer Marozsan pela seleção nacional.
As brasileiras visitantes foram recompensadas por um início de comando quando Tamires aproveitou uma bola perdida na área, após Ann-Katrin Berger defender no um a um com Gabi Nunes.
Oito minutos antes do intervalo, e com a Alemanha incapaz de marcar muito, o Brasil marcou duas vezes. O lateral-direito brasileiro Ary cobrou pênalti para Kerolin e cruzou para dentro da área, passando por Berger e direto para o fundo das redes.
Jule Brand interveio de perto nos acréscimos, para o deleite da maioria dos 32.587 torcedores presentes. Mas o primeiro chute a gol da Alemanha não só veio no final do jogo, como foi um consolo escasso.
O Brasil, que chegou à Alemanha após a derrota nos pênaltis para a Inglaterra na primeira “Finalíssima” entre os campeões europeu e sul-americano na semana passada, manteve-se sólido em seu posicionamento e duro em sua abordagem.
Marozsan diz adeus
Marozsan substituiu Lina Magull nos últimos 25 minutos, mas, em sua 112ª e última partida pela Alemanha, ela não conseguiu aumentar sua marca internacional de 33 gols.
Por mais de uma década, Marozsan tem sido o rosto de uma era em que o futebol feminino na Alemanha foi se fortalecendo, começando com a vitória no Campeonato Europeu na Suécia em 2013 e conquistando seis Ligas dos Campeões.
Depois de sofrer uma ruptura no ligamento em abril de 2022, que a tirou do Campeonato Europeu na Inglaterra, Marozsan teve que lutar muito para voltar à forma física. Agora ele disse que quer se concentrar em sua carreira no Olympique de Lyon.
“Por causa da lesão, tenho que admitir que é apenas metade da diversão de antes”, disse ele. “Embora eu treine totalmente e jogue todos os jogos, tenho que fazer muito para tornar isso possível.”
Para a treinadora Martina Voss-Tecklenburg, o foco deve estar no futuro. Com os Mundiais da Austrália e da Nova Zelândia, dos quais Marozsan não participará, a menos de quatro meses, não foi surpresa ver o jogador de 30 anos começar no banco.
“Discutimos isso intensamente na preparação”, explicou Voss-Tecklenburg. “E a equipe tinha uma tarefa a cumprir aqui para a Copa do Mundo.”
A Alemanha falhou nessa tarefa em Nuremberg, mas ainda tem tempo para se preparar.
mf