Alta umidade e baixa temperatura alteraram a propagação do COVID-19 no Brasil, mas apenas ligeiramente, mostra estudo

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O COVID-19 atingiu duramente o Brasil, e uma nova pesquisa mostra que o clima desempenhou um papel menor e inconsistente na miséria. Crédito: Gustavo Basso/Wikimedia, CC POR SA 4.0

Há muito se sabe que o clima afeta a propagação de resfriados e gripes comuns. A temperatura e a umidade podem influenciar como os vírus voam pelo ar, quanto tempo eles permanecem infecciosos fora do corpo humano e como as pessoas são suscetíveis à infecção.

Desde o início da recente pandemia, os pesquisadores publicaram centenas de estudos testando se isso também se aplica ao COVID-19, mas as conclusões variaram, possivelmente devido a tempos de estudo curtos, condições climáticas limitadas ou análise de dados excessivamente simplificada. Para superar essas deficiências, Kerr et al. estudou a disseminação do COVID-19 no Brasil durante 14 meses, de julho de 2020 a agosto de 2021.

O Brasil abrange uma ampla gama de ambientes, desde a floresta tropical até a savana. Combinado com a abordagem política descentralizada do país para a pandemia, isso significa que os pesquisadores foram capazes de capturar a propagação da doença em uma ampla variedade de circunstâncias.

No geral, a temperatura foi inversamente correlacionada com a propagação da doença, descobriu a equipe. Usando modelagem epidemiológica e estatística, eles mostraram que quando as temperaturas caíram abaixo de 20 graus (Celsius), o número médio de infecções secundárias causadas por cada pessoa infectada (Rt) aumentou 0,05. Às vezes, a umidade tinha um efeito ainda maior, com alta umidade aumentando Rt em até 0,1, mas o efeito era menos confiável do que a temperatura.

No entanto, a direção dessas relações mudou dependendo da escala de tempo que a equipe analisou. Por exemplo, se forem usados ​​apenas os dados de junho a agosto de 2021, a transmissão do COVID-19 aumentou à medida que as temperaturas aumentaram. Da mesma forma, se forem usados ​​apenas os dados de março a maio de 2021, a transmissão do COVID-19 aumentou à medida que a umidade diminuiu. A dependência temporal das relações pode explicar os resultados mistos relatados na literatura existente, dizem os autores.

A influência do clima, embora menor, foi mais consistente do que a influência dos bloqueios na gravidade da pandemia. Às vezes, a Rt aumentava quando os governos tentavam restringir o movimento dos residentes, mas com a mesma frequência as restrições tinham o efeito oposto.

Dois fatores não meteorológicos tiveram grande influência no curso da pandemia. O número de casos de COVID-19 que uma área experimentou no passado recente foi um forte indicador de como a pandemia progrediria. Surtos, por exemplo, tendiam a ser seguidos por calmarias. Além disso, fatores ainda não identificados tiveram um grande efeito sobre a pandemia.

Os chamados efeitos aleatórios estão relacionados à maior disseminação da doença nas regiões sul e sudeste do Brasil, mas menor disseminação da doença na região norte, padrão que se correlaciona com acesso à saúde e vulnerabilidade social.

Embora o clima desempenhe um papel menor na disseminação do COVID-19, os autores enfatizam que as medidas de mitigação mais comprovadas, como vacinas e outras medidas de saúde pública, têm maior probabilidade de reduzir a transmissão da doença.

A pesquisa foi publicada na revista geosaúde.

Mais informação:
Gaige Hunter Kerr et al, Evolving Drivers of Brazilian SARS-CoV-2 Transmission: A Space-temporally Disaggregated Time Series Analysis of Meteorology, Policy, and Human Mobility, geosaúde (2023). DOI: 10.1029/2022GH000727

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