O PIB do Brasil contraiu 0,2% no 4T vs. 3T

Postado: 2 de março de 2023 às 7h19 ET

Por Jeffrey T. Lewis

SÃO PAULO – A economia do Brasil contraiu no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, uma vez que as altas taxas de juros reduziram os gastos do consumidor e desaceleraram os investimentos.

O Produto Interno Bruto da maior economia da América Latina contraiu 0,2% nos três meses até dezembro e expandiu 1,9% em relação ao ano anterior, segundo…

Por Jeffrey T. Lewis

SÃO PAULO – A economia do Brasil contraiu no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, uma vez que as altas taxas de juros reduziram os gastos do consumidor e desaceleraram os investimentos.

O produto interno bruto na maior economia da América Latina contraiu 0,2% nos três meses até dezembro e cresceu 1,9% em relação ao ano anterior, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou IBGE. No terceiro trimestre, o PIB aumentou 0,3% revisado em relação ao segundo trimestre e expandiu 3,6% em relação ao ano anterior. A economia do Brasil cresceu 2,9% em 2022 em comparação com 2021, disse o IBGE.

O crescimento econômico do Brasil se manteve no ano passado em parte por causa de uma recuperação na demanda por serviços após o fim dos bloqueios do Covid-19 e em parte por causa de medidas de estímulo do governo destinadas a aumentar os gastos na maioria dos países. Ao mesmo tempo, o banco central do país aumentava as taxas de juros para tentar reduzir a demanda e conter a inflação.

No quarto trimestre, o efeito das medidas de estímulo, incluindo um aumento nos pagamentos de ajuda do governo às famílias, diminuiu enquanto a taxa básica de juros do banco central, a Selic, a mais alta em seis anos, reduziu as compras a crédito, disse Nicolás Borsoi, economista-chefe . na corretora Nova Futura em São Paulo.

“Vimos uma deterioração significativa nos mercados de crédito no ano passado, os custos dos empréstimos subindo, as taxas de empréstimos ruins subindo e os gastos do consumidor sendo atingidos”, disse Borsoi. “Aí foi um trimestre fraco, principalmente pela Selic mais alta” e pelo menor impacto das medidas de estímulo.

Os gastos do consumidor aumentaram 0,3% no trimestre em relação aos três meses anteriores, após expansão de 1,0% no terceiro trimestre em relação ao segundo, enquanto os gastos do governo cresceram 0,3% em relação ao terceiro trimestre, devido à expansão abaixo de 1,3% no terceiro trimestre em relação ao segundo. A formação bruta de capital fixo, uma medida dos gastos com investimentos, caiu 1,1% no quarto trimestre em relação ao terceiro, após crescer 2,8% no trimestre anterior.

Escreva para Jeffrey T. Lewis em [email protected]

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