A polícia disse que os investigados podem ser julgados por crimes contra a democracia e associação criminosa.
De Jesus postou sua foto perto da entrada do prédio do Congresso nas redes sociais no dia do levante. O sobrinho de Bolsonaro posteriormente acusou esquerdistas de se infiltrarem no protesto para atacar prédios do governo. As investigações policiais não encontraram nenhuma evidência para apoiar esta alegação.
De Jesús é próximo de um dos filhos de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro. Os dois frequentemente apareciam juntos no palácio presidencial em Brasília quando o presidente de extrema-direita estava no cargo. Suas visitas foram mantidas em sigilo após críticas da oposição.
Carlos Bolsonaro é o chefe de operações digitais do ex-presidente e um membro-chave da fracassada reeleição de Bolsonaro.
De Jesús foi um dos assessores de Carlos Bolsonaro no Rio e mudou-se para Brasília em 2019. Ele se juntou à equipe de gabinete de um senador e depois à bancada do Partido Liberal de Bolsonaro como conselheiro no Senado. Mais tarde, ele foi demitido depois que a mídia local revelou que ele era um funcionário fantasma.
Em 2022, candidatou-se a vereador pelo Distrito Federal, mas não obteve votos suficientes.
De Jesús está sendo investigado pela Justiça do Rio de Janeiro desde 2021, quando teria recebido transferências de dinheiro do gabinete de um dos filhos de Bolsonaro, Flávio, quando ele era vereador. Dinheiro público também teria sido usado para pagar o aluguel de De Jesus.
A Suprema Corte já havia solicitado a prisão preventiva de De Jesús em conexão com os ataques de 8 de janeiro, mas a polícia disse que ele ainda não havia sido detido. De Jesús pode apelar dessa ordem, mas declarou falta de fundos para pagar as custas de seus advogados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu em reunião com governadores de estado que o ocorrido em 8 de janeiro não se repetirá, chamando de tentativa de golpe de Estado