O Senado dos Estados Unidos incluiu nesta quarta-feira em seu calendário executivo a indicação de Elizabeth Frawley Bagley para a embaixada do país no Brasil. O calendário executivo alinha as indicações para consideração completa do Senado.
O presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou Bagley, uma arrecadadora de fundos de longa data e apoiadora do Partido Democrata, de volta em Janeiro deste ano. Mesmo assim, a Comissão de Relações Exteriores do Senado parar sobre a possibilidade de confirmar a Sra. Bagley para o cargo.
Ela começou a enfrentar forte oposição da Coalizão Judaica Republicana depois que ressurgiram comentários feitos em uma entrevista em 1998. A Sra. Bagley falou sobre “muito dinheiro” e a influência do “lobby judeu” na política.
Durante sua audiência de confirmação em maio, o senador democrata Ben Cardin, de Maryland, disse que seus comentários “se encaixam nos termos tradicionais do anti-semitismo”. A Sra. Bagley admitiu uma “má escolha de palavras” pela qual ela “lamentava muito termos conseguido a entrevista”. Ele acrescentou que suas declarações não “refletem [her] pensando antes e agora.”
“Foi estúpido dizer isso. Sinto muito por esses comentários”, disse ele ao senador Bob Menendez, presidente do comitê.
A Sra. Bagley, 70, serviu como diplomata sob três presidentes, começando com o governo Carter. Ela também atuou como conselheira sênior no Departamento de Estado dos EUA sob John Kerry, Hillary Clinton e Madeleine Albright, e trabalhou como representante especial na Assembleia Geral da ONU, representante especial para parcerias globais e embaixadora dos EUA em Portugal.
O cargo de embaixador dos EUA no Brasil está vago desde que Todd Chapman deixou o país em julho de 2021.
O senador Mark Warner, da Virgínia, pediu hoje a seus colegas republicanos que aprovem a indicação.
“Esta relação entre os EUA e o Brasil é absolutamente crítica, agora talvez mais do que nunca”, disse ele ao plenário do Senado. “Espero que possamos garantir que Elizabeth Bagley seja confirmada como embaixadora do nosso país no Brasil para que ela possa estar em Brasília quando o novo governo tomar posse em janeiro.”
Além da Sra. Bagley, mais de 40 indicados Eles aguardam a confirmação do Senado. Só na América Latina existem oito embaixadas vago. Além do Brasil, a lista inclui a Colômbia, quarta maior economia da região e aliada estratégica de longa data dos Estados Unidos na região.
Os senadores também decidiram voto sobre as indicações do presidente Biden para as embaixadas em Botswana, El Salvador, Índia, Arábia Saudita, Suriname, Tanzânia, Uruguai e Organização dos Estados Americanos.