As distribuidoras da solicitação fizeram um novo protesto nesta terça-feira (14), mas desta vez apenas em São Paulo, sem a adesão nacional da greve que ocorreu em 1º de julho. O evento, desta vez, é organizado pelo SindimotoSP (Sindicato dos Motociclistas, Ciclistas e Motoristas de Táxi Motor do Estado de São Paulo).
A manifestação foi realizada às 9 da manhã na sede do sindicato, no bairro Vila Olímpia, e continuou em algumas partes da cidade de São Paulo. Houve manifestações em frente à prefeitura e os distribuidores foram ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A polícia militar seguiu o protesto.
O ato teve algumas dezenas de entregas, mas até agora é menor do que o comício que ocorreu no início do mês. Naquele momento, a equipe de entrega fechou um sentido da Avenida Paulista e se apresentou em várias capitais nacionais.
No Facebook, o sindicato informa que foi recebido pelo presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, atualmente Eduardo Tuma (PSDB). A intenção é discutir o PL 578/2019, que trata da regulamentação e aplicações de categorias. A Câmara ainda está discutindo o PL 130/2019, que pode obrigar placas vermelhas a serem entregues à cidade.
PARA Inclinação, o conselho de SP confirmou a reunião de Tuma com os manifestantes e disse que estava agendada uma reunião com os motociclistas para esta quarta-feira (15) às 11h na Câmara.
O PL 578/2019, apresentado pela Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara, define as responsabilidades das empresas que contratam motociclistas para entregas, proporcionando o pagamento de riscos adicionais e a responsabilidade conjunta em caso de acidente com o trabalhador.
Após o protesto em frente à Câmara, os motociclistas sindicalizados foram ao TRT, para uma audiência às 16h com os pedidos. A reunião, de acordo com o SindimotoSP, foi agendada após os protestos de 1º de julho.
Há uma disputa dentro da categoria sobre quem carrega a bandeira do movimento contra solicitações. Na manifestação de 1º de julho, as correntes no WhatsApp e nas redes sociais informaram que o protesto não era um sindicato ou partido. Não teria liderança e seria algo orgânico da comunidade de entrega.
Um novo ato nacional chamado “Breque dos Apps” está marcado para 25 de julho, um sábado.
Agenda de demonstração
A lei do SindimotoSP carrega algumas das mesmas bandeiras defendidas pela paralisia nacional dos revendedores, como:
- Maior valor por entrega
- Aumento de valor por quilômetro percorrido
- Fim de punições com bloqueios.
- Sistemas de pontuação e classificação no final da entrega
- Contratação de seguro de vida e acidente, roubo ou roubo
- Fornecimento de EPI durante a pandemia
- Remuneração de contaminados por covid
Dentro da categoria de distribuidores, existem aqueles que criticam a ação do sindicato e procuram desassociar a entidade dos atos; É o caso da AmaBR (Associação de Motofreteurs e Autonomistas de Aplicativos no Brasil).
Há uma divergência nas agendas entre alguns fornecedores, uma vez que parte deles exige direitos como emprego e CLT, enquanto outros querem melhorias no relacionamento com os aplicativos, mas permanecem autônomos.
Inclinação procurou pelo SindimotoSP, mas não obteve êxito até o fechamento deste texto.
O que dizem os aplicativos
No momento da primeira greve, o iFood disse que apoiava a liberdade de expressão e não desabilitaria os e-mails para participar dos movimentos. Além disso, a empresa respondeu a algumas das perguntas dos grevistas:
- Blocos de entrega: a empresa diz que ocorre quando “a empresa recebe reclamações e tem evidências de não conformidade com as regras”, como pedidos perdidos, fraude de pagamento ou atribuição de contas a terceiros
- Rejeição de pedidos: A empresa também diz que não deve ser tomada como punição. “Ao rejeitar muitos pedidos, o sistema entende que o entregador não está disponível no momento e interrompe o pedido, reenviando os pedidos, em média, 15 minutos depois”, diz ele.
- Classificação da pontuação: O aplicativo afirma que não possui essa classificação e que o algoritmo leva em consideração fatores como a disponibilidade e a localização da pessoa que realiza a entrega, bem como a distância do restaurante ao consumidor.
- Forma de pagamento: o valor médio pago por rota, de acordo com o iFood, é de R $ 8,46, com valor mínimo de R $ 5 para distâncias curtas. A empresa indica que a taxa horária média para entregas em maio era de R $ 21,80.
- seguro: A iFood também diz que oferece seguro de acidentes pessoais ao pessoal de entrega desde 2019, gratuitamente e com despesas médicas e odontológicas. O benefício é válido durante o período em que eles efetuam login no aplicativo e no “regresso a casa”, a uma hora ou 30 km do local da última entrega.
- EPI: A empresa ainda alega realizar a entrega de equipamentos para os correios desde abril, além de contar com recursos financeiros para aqueles que apresentam sintomas de cobiça.
Rappi, por outro lado, também alegou reconhecer o direito dos manifestantes de se expressar e alega buscar diálogo com eles. Sobre as reivindicações, o aplicativo diz:
- Seguro de vida e associações: A empresa diz que oferece seguro de vida e parcerias para descontar as trocas de óleo desde o ano passado, além de abrir os Rappi Points, que são bases físicas para descanso.
- Mapa de demanda e valores– A empresa diz que criou um mapa de demanda para orientar os fornecedores em locais com melhores oportunidades. O envio varia de acordo com o clima, dia da semana, horário, área de entrega, distância percorrida e complexidade do pedido. A empresa também observa que, de fevereiro a junho, houve um aumento de 238% no valor médio das gorjetas no aplicativo e um aumento de 50% no percentual de pedidos com gorjeta, que é repassado inteiramente à pessoa que entrega.
- Programa de pontos: Afirma que é assim que “os parceiros de entrega com um número maior de pontos podem ter preferência por receber pedidos, criando mais oportunidades para eles”.
- Protocolos de segurança: A empresa cita entrega sem contato, entrega de gel de álcool e máscaras para provedores, fundos para apoiar financeiramente provedores com covid-19 e campanhas de prevenção como medidas tomadas na pandemia.
Uber Eats e Loggi não se posicionaram.