Após um alerta da Polícia Civil de Santa Catarina sobre os perfis de mídia social com o nome de Jonathan Galindo, apelidado de “Pateta”, o caso foi suspeito devido à pouca informação sobre ele. A polícia alegou que esse tipo de perfil apresenta desafios perigosos e suicidas para crianças e jovens, mas para ilustrar isso, até agora eles só tiveram um relatório no Paraná.
A história, remanescente de outros vírus da Internet que foram considerados perigosos, como Baleia Azul e o boneco Momo, ainda com pouca informação, que veio primeiro da Polícia Civil de Santa Catarina e passou a ser investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e pela Polícia Federal.
Como resultado, há uma crescente suspeita de que se trata de uma “farsa”, um termo usado para histórias falsas da Internet espalhadas como reais. Ao mesmo tempo, devido à natureza descentralizada da web, é difícil investigar quais perfis são divertidos e quais são realmente assustadores para os jovens.
A origem do caso no Brasil
Segundo a delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, coordenadora do Departamento de Polícia de Proteção a Crianças, Adolescentes, Mulheres e Idosos de Santa Catarina, o “Pateta” entrou no radar da Polícia Civil devido ao programa “Proteger para Saber” , que visa sensibilizar pais, responsáveis, professores, crianças e adolescentes com palestras sobre os perigos da internet.
O grupo de monitoramento que trabalha no programa identificou os perfis sob o nome de Jonathan Galindo e emitiu um alerta em 17 de junho. Depois disso, eles receberam informações sobre um primeiro caso, de um garoto de 10 anos que teria encontrado um perfil como esse em Tik Tok.
Embora a denúncia ainda não seja oficial, o delegado confirmou em uma entrevista que Inclinação que receberam informações sobre um caso recente no interior do Paraná. A família, que diz estar assustada com a situação, não registrou um boletim de ocorrência.
“As mensagens foram removidas, mas com pesquisa e experiência, algo pode ser recuperado”, explica D’Ávila. Agora, o objetivo da Polícia Civil é convencer a família a registrar um boletim de ocorrência para continuar as investigações.
No primeiro contato com o relatório Inclinação, o delegado mencionou que o relatório da polícia sobre a “Homem desajeitado“em outros estados, mas acabou voltando à declaração.
Nesta terça-feira (30), um segundo caso de conversa foi relatado entre “Pateta” com uma criança no Mato Grosso do Sul, desta vez no Instagram. Até a publicação deste texto, o relatório não recebia confirmação da Polícia Civil de Aquidauana (MS), onde o caso teria ocorrido, sobre o relatório policial.
Também na terça-feira, o A polícia federal anunciou que investigaria o caso, sem contar mais detalhes. Procurado, o PF disse que “não confirma a existência ou não de possíveis investigações em andamento”.
ELE pedido de relatório, o SafernetUma ONG que monitora os riscos de direitos humanos na Internet no Brasil disse que não encontrou evidências de que perfis com o “Pateta” tenham induzido crianças a cometer suicídio.
“Não há relatos de reclamações em nossa plataforma e não sabemos que uma investigação está em andamento. O episódio tem características de farsacomo o episódio da boneca Momo “, diz a nota enviada pela associação.
Primeiro caso no Paraná
A chefe Patrícia D’Ávila confirmou ao relato que falou por telefone com a mãe do menino no Paraná, que prefere não ser identificada, na sexta-feira à tarde (26). Segundo o relatório, as mensagens encorajavam o suicídio, pedindo ao garoto para pular de um prédio.
Na segunda-feira (29), a mãe da criança que teve contato com o perfil relatou o episódio no programa Globo “Encontro com Fátima Bernardes”.
Cerca de dez dias atrás, antes de dormir, meu filho me perguntou se eu podia dormir no meu quarto. Então fiquei chocado, mas seu rosto estava surpreso com medo. Eu estava tremendo, estava com muito medo. (…) Então ele relatou que, de manhã, estava em uma rede social que tinha um anúncio abaixo para ele clicar. Quando ele entrou, a imagem de “Jonathan Galindo” apareceu (…) ele continuou insinuando que meu filho se jogaria de um prédio
Apesar de ter ocorrido em outro estado, o caso foi para a Polícia Civil de Santa Catarina para conversas internas. A mãe do menino tem um relacionamento próximo com um funcionário do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e o informou sobre o problema da família.
Curiosidade e novos perfis.
Embora o alerta possa aumentar o acesso aos perfis “Homem Pateta” e até incentivar a criação de novas contas e conteúdos nas redes sociais, alguns youtubers brasileiros já fizeram vídeos pedindo carona na história, tentando explicar ou brincar com ele. Personagem, a intenção da polícia é guiar sem criar pânico.
“O objetivo é alertar os pais para supervisionar e conversar com os filhos”, explica o delegado. “Mesmo correndo o risco de gerar novos perfis com o mesmo nome, a coisa mais importante agora é dar aos pais a oportunidade de proteger seus filhos”.
Como agir?
Os usuários que identificam ações perigosas nesse tipo de perfil devem entrar em contato com a Polícia Civil do estado e registrar um relatório policial, para que a polícia possa identificar quem está por trás dessas ações.
Segundo o delegado D’Ávila, é muito importante que crianças e adolescentes se sintam bem-vindos nessa situação. “Muitos jovens têm medo e os pais acabam repreendendo-os, mas boas-vindas e orientação são a melhor coisa a fazer.”
A origem de “Pateta”
A imagem que ficou conhecida como “Pateta” tem sua criação atribuída ao cineasta e maquiador James Fazzaro, proprietário da empresa JMF Filmworks, em Fort Wayne (EUA).
Fotos do perfil de Fazzaro no Facebook mostram que ele divulgou imagens de seu personagem com uma cara protética de cachorro em 2012 e 2014.
Também é possível encontrar outras imagens desses personagens em uma galeria de arte virtual chamada Fur Affinity, onde aparece com o nome DuskySam –apelido confirmado por ele pela primeira vez em seu blog, em 2011, e com a imagem que ficou mais famosa.
Outros personagens semelhantes que ele criou foram nomeados Gary the Goof e Larry LeGeuff, todos parecidos.
Gary e Larry LeGeuff: irmãos miseráveis
Publicado por James Fazzaro no Domingo, 23 de março de 2014
Publicado por James Fazzaro no Terça-feira 3 de junho de 2014
Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, perfis com o nome “Jonathan Galindo” e com a imagem de Fazzaro atuam nos países de língua espanhola desde 2017, principalmente no México. Uma pesquisa rápida no YouTube mostra que os youtubers aproveitaram o tópico para ganhar audiência, embora existam registros de atividades no perfil do Facebook desde o ano anterior.
Um exemplo disso é o canal mexicano El Rey del Random, que recebeu mais de 230 mil visitas em um vídeo de 9 de janeiro de 2017 e chama a atenção com o título do vídeo: “Jonathan Galindo | O perfil mais aterrorizante do Facebook ( Não vai deixar você dormir). ” No vídeo, o youtuber mostra postagens e fotos de perfil que imitam o personagem Pateta.
Desde que o assunto ressoou, desta vez no Brasil, o número de vídeos em português sobre “Homem Pateta” continua crescendo no YouTube, em linha com o fenômeno mexicano. Alguns espalham mensagens e links que não sabemos se são verdadeiros ou criados por eles.
Embora a disseminação de conteúdo inapropriado e crime digital seja um negócio sério, muitas pessoas ainda entendem a piada. Um funk foi criado para tirar sarro de Jonathan Galindo.