O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sancionada em 21 de setembro Lei nº 14.455, que cria as Loterias de Saúde e Turismo. De acordo com o texto, parte dos lucros arrecadados com os jogos irá para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), no caso da Loteria da Saúde; e para ele Conselho Brasileiro de Turismo (Embratur)no caso da Loteria do Turismo.
Conforme relatado por Dados BNL, o projeto havia chegado no início da pandemia e, em maio de 2021, após ser analisado pelos deputados federais, o texto previa que os recursos arrecadados seriam utilizados para prevenção e combate ao coronavírus, enquanto durar o estado de emergência em saúde pública. Também previa que a Loteria do Turismo mitigaria os impactos econômicos do setor de turismo durante a pandemia.
O projeto passou por modificações após sua aprovação no Senado, o que foi bem recebido por Câmara dos Deputados, que o aprovou em 30 de agosto. Entre as mudanças está o caráter permanente da Loteria do Turismo; além da disponibilização de recursos ao Fundo Nacional de Saúde e à Embratur, após o pagamento de prêmios e o pagamento de impostos e previdência social.
Entretanto, o texto sancionado autoriza a implementação das modalidades de apostas desportivas, apostas em cotas fixas e apostas em números com as seguintes porcentagens:
– No modo de loteria de previsão numérica: 95% para a operadora e 5% para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), no caso da Loteria da Saúde; e para o Conselho Brasileiro de Turismo (Embratur), no caso da Loteria do Turismo.
– Na forma de apostas desportivas e sorteios com odds fixas: 95% para o operador; 3,37% para a FNS, no caso da Loteria da Saúde, e Embratur; no caso da Loteria do Turismo; 1,63% para os clubes que concederem o direito de uso de seus nomes, marcas, emblemas, hinos, símbolos e afins para divulgação.
Da mesma forma, a norma sancionada estabelece que valores de prêmios relacionados a produtos de loteria não reivindicados pelos apostadores incluídos na prescrição reverterão, respectivamente, para FNS e Embraturtendo em vista a programação financeira e orçamentária do Executivo Federal.
Bolsonaro vetou artigo
A proposta previa ainda a concessão à iniciativa privada do funcionamento das Loterias da Saúde e Turismo, mas Jair Bolsonaro vetou – como BNL Data havia antecipado na época: Artigo 3 da propostaque estabeleceu um prazo de 30 dias para o Ministério da Economia criar as regras para a concessão do funcionamento da Loteria da Saúde pelo Ministério da Saúde, e da Loteria do Turismo pelo Ministério do Turismo.
Nesse sentido, em declarações à imprensa, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que o presidente brasileiro vetou a proposta como inconstitucional. “A medida foi considerada inconstitucional, pois ao estipular um prazo para o Ministério da Economia sancionar as normas para conceder o funcionamento dessas loterias, estaria violando o disposto no artigo 2º e no número II do caput do artigo 84 da Constituição. ”, explicaram.
De acordo com o referido meio, “Com o veto presidencial, qualquer indício de concessão de exploração das modalidades pelos respectivos ministérios foi excluído do texto, e, neste caso, por se tratar de loterias sindicais, o decreto regulamentador poderá estabelecer que a Secretaria de Supervisão Econômica da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade da Secretaria de Economia regulará e delegará o funcionamento das loterias à Federação das Caixas Econômicas”.
Especificaram também que “o Subsecretário de Apostas e Promoção Comercial do Ministério da Economia e Loterias Caixa poderão criar produtos de qualidade com os novos percentuais aprovados para as loterias de Saúde e Turismo nas modalidades de apostas esportivas e previsões numéricas”.
Adicionalmente, a Caixa poderá operar a modalidade de apostas em cotas fixas, antes mesmo da regulamentação de apostas esportivas emitida pelo Sindicato. Em outras palavras, “os percentuais de novos produtos também podem representar a desistência de algumas modalidades que representam menos de 5% do mix de produtos da Caixa Loteria, com exceção da Loteria Federal”, detalharam os funcionários.
Clique aqui para ver a Lei nº 14.455 que foi aprovada pelo Governo do Brasil.