O que sabemos sobre os Apple Macs na WWDC

Desde o Iphone 4, o maçã Ele usou seus próprios processadores, com base na arquitetura ARM, para iPhone, iPad, Apple Watch, HomePod e Apple TV. Notoriamente, todos os Macs da empresa continuam a usar processadores Intel, como faz desde 2005, quando a Apple decidiu migrar do antigo PowerPC para a linha de processadores Intel.

A migração do PowerPC trouxe vários benefícios para a Apple e os usuários. Seu principal motivo na época era a incapacidade dos processadores PowerPC de fornecer a mesma energia enquanto consumiam a mesma, ou menos, energia do que seus equivalentes da Intel. Além disso, o uso de chips Intel trouxe alguns efeitos colaterais úteis, como a capacidade de executar o Windows em máquinas Apple.

Bem, tudo indica que estamos prestes a testemunhar outra migração de processador na história da Apple. Desta vez, a idéia seria começar a fabricar Macs também com chips da Apple, abandonando os da Intel, pelo menos em Macs portáteis.

A Bloomberg forneceu as últimas notícias, alegando que a Apple planeja anunciar a transição durante a apresentação inaugural da WWDC, que será em 22 de junho. Apesar do provável anúncio no final deste mês, o lançamento de Macs com processadores Apple deve ocorrer apenas no próximo ano. É necessário um anúncio com antecedência, para que os desenvolvedores tenham tempo para adaptar suas Formulários para a nova plataforma, que apesar de ser um processo simples, leva algum tempo.

Como será a transição?

A Apple é muito experiente no que diz respeito à transição entre arquiteturas de processadores, tendo passado por pelo menos duas grandes transições em sua história. Todos os seus sistemas operacionais já compartilham muitos componentes internos; portanto, o macOS em execução no MacBooks não é tão diferente do iOS no iPhone quanto aparece na superfície.

Para os desenvolvedores, a tarefa também deve ser simples, na maioria dos casos, exigindo apenas uma recompilação e encaminhamento para a loja de aplicativos. A grande maioria dos aplicativos que usamos diariamente não possui funcionalidades que seriam afetadas por uma alteração na arquitetura do processador.

Isso pode ser um pouco diferente para aplicativos mais antigos e complexos, como o Adobe, por exemplo. Porém, essas grandes empresas de software são parceiras da Apple e certamente receberam aviso prévio para que possam estar preparadas para essa transição.

Outra pergunta é: se o primeiro Mac da Apple será lançado apenas no próximo ano, como os desenvolvedores testarão seus aplicativos compilados para a arquitetura ARM?

No momento da migração do PowerPC para a Intel, a Apple forneceu um kit de desenvolvimento que consistia em um Power Mac com um processador Intel, que precisaria ser devolvido para um iMac “comum”, com a Intel.

Pode ser que a empresa adote um processo semelhante nessa nova migração, com algum tipo de Mac (talvez o Mini?) Com o processador Apple, que no futuro poderá ser devolvido e trocado pelo hardware final.

Outra opção seria usar o hardware existente, já que a Apple já vende vários computadores com um processador ARM, especialmente o mais recente iPad Pro. Embora a RAM seja limitada, o que pode dificultar o teste, o novo iPad Pro é bastante capaz e pode ser usado. como hardware de transição. Novamente, esse seria um recurso apenas para desenvolvedores que desejam testar seus aplicativos, não algo que estaria disponível para os usuários.

Independentemente de como a empresa escolhe passar pelos detalhes dessa transição, as chances de sucesso são grandes, dada a sua história com transições ainda mais complexas.

O que mudaria para os usuários?

Além da pergunta dos desenvolvedores, os Macs com um processador Apple também trariam algumas vantagens para os usuários.

Começando com as más notícias: Windows. Os novos Macs equipados com a Apple provavelmente não são compatíveis com o sistema operacional da Microsoft. A virtualização requer recursos de hardware que os chips que conhecemos da Apple até hoje não possuem e, embora exista um Windows para ARM, é muito limitado em comparação à sua versão para processadores Intel.

Mas, além das más notícias, o resto é bastante encorajador. Os processadores da Apple que dão vida a iPhones e iPads mais novos são extremamente rápidos e eficientes, principalmente considerando o fato de serem processadores para dispositivos que funcionam com bateria na maioria das vezes.

O uso de processadores proprietários no Mac pode melhorar significativamente a vida útil da bateria, além de melhorar o desempenho da máquina. Além disso, os processadores Apple também possuem coprocessadores especializados muito poderosos, como o Neural Engine, que é usado apenas para o processamento de aprendizado de máquina.

Outro tópico interessante são os aplicativos para iPhone e iPad. Com a Catalina, a Apple tornou possível a portabilidade de aplicativos do iPad para o Mac, apesar da diferença na arquitetura do processador. É possível que, ao adotar a mesma arquitetura para todos os dispositivos, no futuro seja possível executar qualquer aplicativo para iPhone ou iPad no Mac, sem nenhum trabalho da parte dos desenvolvedores.

Sem dúvida, a migração para processadores proprietários no Mac será um grande benefício, tanto para usuários quanto para desenvolvedores, e, é claro, para a própria Apple, que não dependerá mais de outra empresa para definir o roteiro do produto.

A abertura do WWDC 2020 será no dia 22 de junho às 10h. (Horário de Brasília).

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