Um tópico que conta a história de uma ilustradora que confrontou a covid-19 com sua família deixou a linha do tempo emocional na segunda-feira (1).
Um mês se passou desde que toda a minha família tinha um vírus corona e eu fiz uma série de desenhos que contavam como tudo aconteceu. É um relatório muito difícil, mas precisava ser contado, e estou feliz por ter terminado ❤️
Vou postar os desenhos diariamente, então basta soltar o fio pic.twitter.com/g9RLnkhGBy
– Taíssa Maia (@taissamaia) 29 de abril de 2020
Com ilustrações, ela mostra as dificuldades e incertezas daqueles que vivem com o coronavírus.
– Quem está na família de Alberto?
– MIM! Você também tem notícias da minha avó?
– Ah … eles estão juntos? Sinto muito pelo que você está passando … pic.twitter.com/pDed4ziQ3Q– Taíssa Maia (@taissamaia) 1 de maio de 2020
Em um relato sensível e comovente, Taíssa nos mostra a dimensão da dor que está perdendo alguém, neste caso, a avó.
– Taíssa Maia (@taissamaia) 3 de maio de 2020
Minha avó tinha 84 anos, sobreviveu a cirurgia cardíaca no final de janeiro, mas não conseguiu resistir ao coronavírus. Foi muito amado pic.twitter.com/XdK20V5kTM
– Taíssa Maia (@taissamaia) 4 de maio de 2020
Com sua arte, ela representa os tempos difíceis em que estamos vivendo.
– Taíssa Maia (@taissamaia) 6 de maio de 2020
E ele ainda consegue irradiar uma luz de esperança.
As melhores notícias do ano 🙂 pic.twitter.com/RBIENxA7nk
– Taíssa Maia (@taissamaia) 12 de maio de 2020
Taíssa Maia tem 28 anos, mora no Rio de Janeiro e é formada em Design pela UFRJ. Ele disse ao blog que queria prestar homenagem à avó e, ao pensar no que fazer, percebeu que não tinha como não contar a história do coronavírus na família.
“Eu pensei que a história poderia ajudar alguém e queria dar um pouco de esperança para aqueles que estão em uma situação semelhante, porque no final, apesar de toda a dor, estávamos bem”, disse ele.
A ilustradora diz que o alcance da publicação nas mídias sociais teve um impacto em sua vida.
Eu tinha medo de publicar esses desenhos porque é uma história muito pessoal e é um assunto muito difícil para mim. Chorei muito fazendo o roteiro e o desenho. O carinho e o apoio que recebi foram muito importantes para que eu continuasse bem, eles me mantiveram nos trilhos e me deram coragem para continuar.
Taíssa relata que recebeu desenhos de crianças, mensagens de médicos e pessoas que também estavam na mesma situação que ela. “Tudo fez o meu esforço valer a pena, ajudou a repensar toda a dor que estava sentindo”.
Alberto e María José, avós de Taíssa, estavam juntos há 61 anos e eram inseparáveis. Toda essa situação acabou aproximando a família, que reformulou toda a rotina para oferecer toda a ajuda a Alberto. “Foi bom para ele e para nós também”.
O jovem designer tem um site:taissamaia.com.br– e uma série de projetos que ele publica no Instagram: @taissamaia
Taíssa Maia diz que, além da perda de olfato e paladar, ela teve dores de cabeça e falta de ar. “Muitas pessoas ainda não têm a dimensão do problema que enfrentamos. Espero que minha história possa dar uma olhada por dentro, daqueles que viveram um pesadelo, para que as pessoas estejam mais conscientes de si mesmas e de seus vizinhos”. “