Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Harvard e Louisville, nos EUA. Os EUA observam que as impressoras a laser podem emitir materiais particulados que aumentam o risco cardíaco de seus usuários. Isso ocorre porque o toner emite nanopartículas em níveis considerados alarmantes quando aquecidos durante a impressão.
A investigação foi realizada com ratos de laboratório expostos às partículas tóxicas por 10 semanas, durante 5 horas por dia. Após o teste, os animais apresentaram aumento da pressão sistólica (pressão alta), arritmia cardíaca e diminuição da força da contratilidade do coração.
“Nossa conclusão durante o estudo foi precisamente que essas alterações podem indicar um aumento no risco cardíaco. Elas não podem gerar, apenas pela impressora, um infarto do miocárdio. Mas se você já tem algo, pode aumentá-lo e influenciá-lo “, diz a pesquisadora brasileira Renata Salatini, coautora da pesquisa.
Como o estudo sugere que a exposição prolongada a impressoras a laser pode afetar o funcionamento do coração, induzindo hipertensão e arritmia, a principal preocupação é com profissionais da área, principalmente de empresas especializadas e lojas centrais de cópias, como as encontradas em escolas e universidades. universidades
“Eles são um grupo muito forte [de pesquisa] sobre partículas nos Estados Unidos e eles têm essa visão de políticas públicas e trabalhistas. Eles querem controlar a sala com pressão negativa e adicionar condições insalubres ao regime de trabalho “, diz o doutor em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
“Muitos estudos são feitos sobre a influência das partículas do carro, a fumaça. Isso já está estipulado no risco cardíaco. O ponto é que um adulto hoje passa 90% de seu tempo dentro de casa, não ao ar livre. Então, verifica-se nesse ambiente que ele passa a maior parte do tempo, o que pode oferecer risco cardíaco “, acrescenta.
Os resultados foram publicados no “Biomed Central”, um site que compartilha pesquisas publicadas em mais de 300 revistas científicas. O estudo se concentrou em impressoras a laser que usam toner porque “quando você aquece qualquer material, ele libera outros tipos de materiais que nem sempre são esperados”.
E as impressoras jato de tinta e 3D?
Salatini explicou que os usuários domésticos podem não estar interessados neste aspecto do estudo, devido à baixa exposição a essas partículas. “O que foi feito na investigação foi visto em grandes quantidades, equivalente a três ou quatro impressoras. Foram cinco horas de exposição. No uso doméstico, quase ninguém ficará exposto por tanto tempo”, diz ele.
As impressoras a jato de tinta não emitem partículas. Finalmente, as impressoras 3D também podem causar danos à saúde devido à grande quantidade de partículas ultrafinas que emitem. “Você tem que ir para o lado de aquecimento do polímero, que eu não entendo mais”, diz o pesquisador.
Pesquisa da Universidade de Illinois, publicada na revista. Ciência direta, sugere que a inalação contínua desses materiais particulados pode causar problemas respiratórios e cardiovasculares e, portanto, seu uso é recomendado apenas em áreas bem ventiladas.
Dois estudos do Instituto de Tecnologia da Geórgia chegaram à mesma conclusão, alertando que essas substâncias podem ser altamente tóxicas. No entanto, pesquisas mais detalhadas ainda precisam ser feitas sobre a composição química dessas partículas e seus efeitos na saúde humana.