Com o retorno gradual às atividades nas principais cidades chinesas após a quarentena, as autoridades estão intensificando a atenção para evitar novos surtos de covid-19.
A partir de segunda-feira (11), a cidade de Pequim começou a testar uma pulseira inteligente para monitorar a temperatura dos alunos nas escolas reabertas. A pulseira é apenas uma das muitas medidas de precaução para evitar novos surtos da doença.
O modelo é semelhante aos disponíveis no mercado, usado para monitorar rotinas de saúde ou exercício. A braçadeira possui um sensor interno que mede a temperatura dos alunos em tempo real e pode emitir um aviso se alguém mostrar um sinal de febre – nesse caso, uma temperatura acima de 37,2 graus Celsius.
Os registros de temperatura também são armazenados e podem ser acessados pelos pais, escolas ou autoridades através de um aplicativo de telefone celular. Os exames eles estão fazendo com professores e alunos de 18 escolas secundárias do distrito de Fengtai.
Como é feito o controle?
Durante as férias escolares de 12 horas, todos os alunos usam a pulseira. A medição coletiva em tempo real é feita e coletada pelos professores em seu telefone móvel.
O conjunto de dados pode ser transferido para uma plataforma na qual o departamento de educação municipal pode analisá-lo ou os pais dos alunos podem acessá-lo. Antes do final do intervalo e do início das aulas da tarde, as autoridades competentes seriam notificadas em caso de alerta. No final do dia, as pulseiras permanecem na escola.
A principal vantagem em relação à medição com termômetro normal é o fato de a avaliação ser quase instantânea, sem a necessidade de interromper aulas ou atividades para medir e registrar temperaturas.
Esses conjuntos de dados também podem ajudar a prever novos surtos de coronavírus ou outras doenças. Li Yanjie, professor da Fengtai High School, diz que, além do nome do aluno e da temperatura corporal, nenhuma informação pessoal é armazenada.
A retomada da atividade escolar na China
Desde o final de abril, o país retomou lentamente a atividade nas escolas após dois meses de ensino a distância. O processo está sendo feito pouco a pouco e começou com alunos do ensino médio. Em 27 de abril, 50.000 estudantes retornaram a Pequim e, nesta semana, outros 80.000 retornam às escolas.
Cuidados básicos, como o uso obrigatório de uma máscara para professores e alunos, e recursos tecnológicos são os aliados de uma China que quer mostrar ao mundo que está pronta para deixar para trás o fantasma da pandemia. O número máximo de alunos por sala de aula também foi reduzido.
Outras ações chinesas para tentar retomar a vida cotidiana são:
Desde janeiro, a China registrou 83.000 pessoas contaminadas e 4.633 mortas pelo Covid-19. Com apenas 17 novos casos registrados hoje, o governo chinês considera a epidemia sob controle.