Nesta semana, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul realizou duas grandes apreensões de produtos paraguaios que estavam sendo transportados ilegalmente, sem passar pela alfândega e sem pagar impostos. As duas operações totalizaram R $ 440 mil em produtos. Segundo as imagens publicadas, a maioria era do fabricante chinês Xiaomi, como telefones celulares e caixas de TV.
A primeira ação ocorreu na terça-feira (5). A polícia aproximou-se de um carro na rodovia MS 379 após retornar repentinamente em alta velocidade e entrar em um campo de cana-de-açúcar perto da Usina São Fernando, entre as cidades de Laguna Carapã e Dourados, ambas no Mato Grosso do Sul.
O veículo que transportava a carga ilegal foi abandonado na vegetação, e as caixas foram espalhadas pelo campo de cana. O motorista tentou se esconder, mas foi visto pela equipe e foi preso. Os produtos, que foram do Paraguai ao distrito de Vila Vargas, em Dourados, tinham valor estimado em R $ 350,2 mil e eram:
- 345 celulares Xiaomi Redmi Note 8 64GB
- 12 relógios inteligentes Xiaomi
- Quatro modems e roteadores TP Link
- Seis cartões de memória SSD Kingston
A segunda apreensão, na quinta-feira (7), foi dividida em dois veículos. Segundo a polícia, eles trouxeram vários telefones celulares, roteadores e videogames do país vizinho. Nenhum modelo foi relatado, mas as fotos mostram caixas PlayStation 4 e caixas de TV Xiaomi Mi Box e Azamerica i7.
Outros modelos de telefone Xiaomi são vistos, como Redmi 8A, Redmi Note 8 e Redmi Note 9S.
Os motoristas pagariam R $ 30.000 e R $ 60.000, respectivamente, por produtos no Paraguai. Eles não tinham documentação legal de importação.
Xiaomi, a favorita da pirataria
Nos últimos meses, os produtos Xiaomi foram vistos em apreensões e transações estranhas no Brasil. No final de novembro, a Secretaria de Estado de Finanças e Planejamento de São Paulo obteve 30.000 produtos em uma operação durante a Black Friday do ano passado. Muitos deles eram da empresa chinesa.
A tática usada por alguns desses sites para vender produtos extremamente baratos aos consumidores envolve sonegação de impostos e produtos de baixa classificação.
Coincidência ou não, o site de um dos principais revendedores não oficiais de produtos Xiaomi no Brasil, MiStore Brasil, ficou misteriosamente offline no final de 2019, deixando muitos de seus clientes sem receber pedidos pré-pagos.
Oficialmente, a Xiaomi atua no Brasil há mais de um ano, em associação comercial com a empresa de mineração DL, responsável por adaptar, distribuir e garantir produtos para o nosso mercado. É comum que os preços dos celulares vendidos dessa maneira sejam mais caros do que em canais não oficiais. Afinal, eles pagam custos adicionais da operação, como impostos.