Você está em quarentena? Aproveite o céu noturno! Há até um cometa para assistir!

Impressão da tela ao vivo do canal AstroNEOS, de Cristóvão Jacques, em 3 de abril de 2020, na qual grava remotamente o cometa C / 2020 F8 Swan através dos olhos do Sonear

Em meio a uma pandemia, em isolamento social horizontal, tenho sugerido a qualquer pessoa que queira e esteja interessada em astronomia apreciar e ver o céu sem sair de casa, do pátio ou mesmo pela janela. É seguro, nos lembra nossas origens cósmicas, nos acalma e nos ajuda a passar mais serenamente por esse período difícil para toda a humanidade e, em particular, para o Brasil. Até criei a hashtag #astroisolamento para divulgar minhas ações nas mídias sociais. Veja, no final deste texto, links para outras publicações na mesma linha.

O planeta Vênus continua a aparecer ao entardecer, próximo ao horizonte ocidental, próximo ao pôr do sol, assim que o céu começa a escurecer. Marte, Saturno e Júpiter nascem de manhã cedo e podem ser vistos quase alinhados na aparente direção vertical, logo acima do horizonte oriental, ao lado do sol nascente. É muito fácil encontrá-los no céu!

Nesta semana, teremos a Lua Cheia no perigeu, o que muitos chamam de “Super Lua”, porque é um pouco maior e mais brilhante devido à abordagem da Terra.

Há muito o que ver no céu. Temos até um novo “brinde” de pipa. Este é o C / 2020 F8 Swan, descoberto em 25 de março deste ano a partir de imagens da Câmara dos cisnes, da sonda do Observador Heliosférico Solar. UmNo decorrer desta semana, será visível logo “abaixo” de Marte, no horizonte leste, a partir das 04:00 (horário de Brasília).

A boa notícia é que o C / 2020 F8 Swan, como esperado com todos os cometas, evoluiu com seu foco em direção ao Sol e já tem uma boa cauda¹. No entanto, a má notícia é que ainda está abaixo do limite da visão humana e, para ser visto, requer pelo menos um binóculo ou telescópio que ofereça uma captura de luz cada vez maior. Também é possível fotografá-lo com uma câmera fixada em um tripé e uma ou mais imagens de longa exposição para trabalhar posteriormente para mostrar que a estrela, embora “fora de vista”, está lá. Foi o que tentei fazer esta manhã, mas não consegui por causa da neblina no céu, especialmente perto do horizonte, exatamente onde estava o cometa. Mas vou continuar tentando pela manhã seguinte, ao longo desta semana.

O cometa pode ser maior e mais brilhante, mas, quanto a nós, no hemisfério sul, ele desce, só estará acima do horizonte depois que o sol já tiver nascido. Ou seja, não podemos mais observá-lo do sul do equador.

Nas primeiras horas de ontem, Cristovão Jacques, astrônomo do Sonear (Observatório do Sul para a Pesquisa de Asteróides Próximos da Terra), um observatório astronômico brasileiro localizado em Oliveira, Minas Gerais, fez uma vida fantástica e conseguiu mostrar o cometa Swan a tempo. real operando os telescópios remotamente. A bela imagem na parte superior do post é uma delas. E o ao vivo, que é gravado no canal. AstroNEOS Recentemente aberto por Jacques, vou deixar para você abaixo. Basta jogar e divirta-se! Vale a pena ver o que pode ser feito hoje com a tecnologia de telescópio e câmeras CCD dedicadas para astrofotografia.

Faça o que eu faço: assine o canal AstroNEOS. Ligue o toque de notificação. E ele viaja com o fantástico trabalho de Cristóvão Jacques e Sonear. Estou sempre ciente de tudo o que acontece lá! Eu aprendo e me divirto muito.

Se você estiver tentando observar o cometa, procure-o visualmente abaixo de Marte, cerca de 20 graus acima do horizonte oriental, como na simulação abaixo, onde o cometa é indicado pela cruz vermelha.

Simulação da posição do C2020 F8 Swan para a manhã de 5 de maio de 2020, por volta das 5h.

Mas preste atenção ao fato de que, nas primeiras horas da manhã, o cometa ficará cada vez mais baixo, mais próximo do horizonte e, consequentemente, gradualmente mais difícil de observar.

Boas observações!

#Astroisolamento #FiqueEmCasa # OlheParaOCéu

Um abraço do prof. Dulcide! Física e astronomia sempre com muita sabedoria científica Na veia!


¹ As pipas têm material volátil que, ao se aproximar do Sol, gradualmente se aquece e solta, formando uma nuvem chamada coma ou pêlos ao redor do núcleo sólido. O fluxo de partículas emanadas do Sol, conhecido como vento solar, “sopra” parte do coma para o espaço, criando a cauda do cometa. Portanto, um cometa que era originalmente uma estrela pequena e fria, difícil de ver, cresce em diâmetro visível e brilho aparente ao se aproximar do Sol, e pode até ter uma cauda longa que se estende por uma vasta região do céu.
² Como o próprio nome sugere, o Sonear é um observatório dedicado à descoberta de asteróides e outros objetos próximos à Terra. A equipe trabalha remotamente, examinando regiões predeterminadas do céu em busca de novos objetos, NEOs (Near Earth Objects). O Sonear já tem uma vasta coleção de novos asteróides e até cometas descobertos lá. E, como Jacques me informou, há notícias muito importantes, apenas aguardando a oficialização!

Já publicado aqui em Física na Veia!

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About the Author: Edson Moreira

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