Baines me levou ao blues do Brasil rural

Everton e seu parceiro técnico Hummel estão orgulhosos de colaborar para apresentar My Everton, uma série semanal de relatos em primeira mão que narram as melhores lembranças de fãs, jogadores e funcionários, tanto do passado quanto do presente.

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O futebol foi meu primeiro amor. Cresci em uma família cheia de fãs de futebol. Talvez você esperasse isso, sendo do Brasil.

Mas não sou de uma das grandes cidades, nem estou perto de uma praia. Moro em Votuporanga, um pequeno lugar no interior do estado de São Paulo.

Crescendo, jogar Championship Manager e Football Manager era a única coisa que eu fazia todos os dias.

Um dia desses, em 2005, eu precisava de um novo lateral-esquerdo para o meu time e depois de horas procurando por um não podia deixar de fora o Leighton Baines, que jogava pelo Wigan Athletic na época.

Virtual Baines foi incrivelmente bom. Isso me deixou curioso sobre o jogador real, então comecei a assistir aos jogos do Wigan apenas para vê-lo jogar.

Imediatamente me apaixonei pela qualidade.

Em 2007 ele assinou com o Everton e foi aí que comecei a assistir o Blues, e é aí que minha verdadeira história começa.

Fiquei imediatamente viciado no clube, tudo me parecia certo: a história, os jogadores, a atitude, os fãs incríveis, o trabalho da comunidade… Adorei tudo.

Desde então, sou um Evertonian orgulhoso. Não posso agradecer o suficiente a Leighton Baines, meu jogador favorito de todos os tempos, por isso.

Assisto a todos os jogos, a maioria só em casa, e sempre com a camisa rosa da temporada 2010/11.

Esta camisa rosa significa muito para mim. Foi o primeiro kit do Everton que consegui comprar. As camisas do Everton não estavam disponíveis para compra aqui no Brasil naquela época, então eu tive que economizar muito dinheiro e comprar uma no site do Everton e enviá-la.

Ainda tenho a foto do dia em que a camisa chegou e imediatamente me traz à mente aquele momento de emoção quando a vi ao vivo pela primeira vez.

Quando vi esse kit na internet sabia que tinha que comprá-lo.

Sendo um grande fã de esportes enquanto crescia, eu recebia comentários sobre eu ser um ‘moleque’ ou que eu deveria encontrar algum outro interesse, porque o que uma mulher sabe sobre esportes? Então, adorei a ideia de combinar minha identidade nessa camisa rosa muito brilhante e linda para mostrar que tenho orgulho de ser fã de futebol e orgulho de ser do Everton.

Eu me conecto com muitos Evertonians na internet, especialmente no Twitter. A comunidade online é bem ampla e cheia de fãs de todo o Brasil e do mundo.

Encontrar mais torcedores do Everton no Brasil mudou tudo, honestamente.

Aliny Alley

Fiquei imediatamente fisgado: a história, os jogadores, a atitude, os fãs incríveis, o trabalho da comunidade… Adorei tudo.

Eu costumava seguir um monte de contas de mídia social de torcedores de outros países, mas não me sentia da mesma maneira.

Então, de repente, encontrei todas essas pessoas que estavam falando sobre as mesmas coisas que eu, e isso foi muito emocionante.

Estava sentindo falta daquele sabor brasileiro que temos quando falamos de futebol. Foi tão lindo ver todo mundo acordar cedo para comentar as partidas no Twitter, falar das novidades, das transferências.

Meu vínculo com o Everton ficou ainda mais forte, mesmo quando eu achava que não seria possível.

É incrível para mim e muitos outros ver que o Everton agora tem uma conta oficial no Twitter em português. Acho que todos nos sentimos validados depois de todos esses anos procurando por outros fãs! A comunidade é fortalecida.

Sempre gostei de futebol. Meus pais e meu irmão vivem e respiram futebol, então era natural que eu passasse minhas noites assistindo a qualquer jogo que estivesse na TV.

Até hoje falamos de tudo, inclusive dos jogos do Everton. Eu não acho que meus pais se chamam Evertonians, mas eles assistem todos os jogos na TV, especialmente Richarlison!

Acho que a principal razão pela qual os brasileiros amam o futebol é que ele é universal. É o jogo de todos.

Para jogar você só precisa de algo que deslize no chão e um par de chinelos como gol, e é exatamente isso que fazemos no Brasil. Você não precisa de muitas pessoas e não importa quem está jogando, todos podem participar.

Todos nós crescemos aprendendo sobre esporte e jogando nas ruas ou em clubes. Não importa se você é rico ou pobre, você terá acesso ao futebol.

Acho que o apelido do Everton ‘The People’s Club’ realmente ressoa com os brasileiros.

Dois dos clubes mais populares aqui no Brasil, Corinthians e Flamengo, são conhecidos por seguir uma veia semelhante e é algo que a maioria de nós procura.

Não só isso, mas o Everton vem contratando brasileiros há algum tempo, e estamos sempre curiosos para ver nossos compatriotas como Jô, Richarlison e Allan terem sucesso fora do Brasil.

Infelizmente, ainda não estive em Liverpool. Eu tinha tudo planejado para 2020 e até comprei passagens de avião para Barcelona para visitar meu irmão e depois ia para Liverpool para finalmente ver um jogo. Mas veio a pandemia do COVID e tive que adiar tudo.

Por enquanto, continuarei assistindo de longe e nunca perderei um jogo. Não importa onde eu esteja, eu pego meu telefone e risco o fósforo. Meus amigos me odeiam por isso honestamente!

Espero que um dia em breve eu possa realizar o sonho.

Por Aliny Calejon, Evertoniana e membro do Clube de Adeptos do Everton FC Brasil

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About the Author: Ivete Machado

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