A quarentena para achatar a disseminação do novo coronavírus levou muitas empresas a adotar o modelo de home office. Para impedir que as empresas percam a noção de horas trabalhadas, os aplicativos de ponto eletrônico têm sido uma das soluções, e seus desenvolvedores relatam um aumento na demanda e no uso de soluções.
Em resumo, um aplicativo de horário funciona como um relógio comercial. Registre as horas de início e término do dia, o início e o final da hora do almoço. A diferença, é claro, é que o processo é feito em um smartphone.
A idéia é calcular quantas horas um funcionário trabalhou e compilá-lo em um banco de dados, cumprindo as regras CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e garantindo que os pagamentos estejam corretos.
Para começar a usar, a empresa geralmente precisa criar uma conta e registrar cada um de seus funcionários no aplicativo. Os administradores têm mais recursos, como acesso ao local e fotos dos funcionários a partir do momento em que se inscreveram. Eles também têm uma área para gerenciar e / ou corrigir pontos, além de relatórios.
A prova
Inclinação conseguiu testar o Mywork (Android, iOS) Para que o funcionário crie uma conta, é necessário inserir um nome e sobrenome, email, telefone, além de aceitar os termos de uso. No caso de empresas, é necessário inserir dados válidos de CPF e PIS para criar as contas dos gerentes.
No aplicativo, o botão do ponto de vida é destacado na tela inicial. Outro botão mostra ou oculta informações sobre os tempos gravados. O painel da plataforma pode ser acessado apenas através de um navegador em computadores ou na versão para desktop em dispositivos móveis.
Marcação de ponto (Android y iOS) pode marcar emblemas usando a tecnologia NFC (abordagem) de telefones celulares, enquanto o MarQPonto (Android, iOS) permite digitalizar o código QR para registrar a hora. O relatório não pode testar os dois aplicativos devido à exigência de um CNPJ válido para criar contas da empresa.
As três empresas entrevistadas para este artigo são unânimes: março foi um mês de alta demanda devido à sede. “A busca pelo nosso sistema de gerenciamento de pontos on-line aumentou de 30 a 40% no Google”, disse Thomas Carlsen, COO da Mywork.
Segundo Senior, que oferece pontuação, houve um aumento de 492% no número de downloads da ferramenta entre fevereiro e março. A MarQPonto diz que viu um aumento na taxa de uso e clientes ativos em mais de 40%. As empresas não divulgaram os números absolutos de crescimento.
A quem possa interessar?
Os desenvolvedores argumentam que usar um aplicativo para gerenciamento de tempo é mais barato. Uma pesquisa no comércio eletrônico brasileiro indica que os relógios físicos custam entre R $ 112 e R $ 1.500. Os aplicativos de ponto são usados com assinaturas e os valores variam com base no número de funcionários por empresa.
No MarQPonto, existem três planos:
- Plano básico: para até 10 funcionários, por R $ 54 por mês
- Plano exclusivo: para empresas com 11 a 100 funcionários por R $ 6 por funcionário por mês
- Plano Premium: para empresas com mais de 100 funcionários, preço por consulta
No Mywork, existem cinco planos diferentes:
- Individual: para um único funcionário, R $ 12 por mês
- Microempresa: até 10 funcionários, R $ 7 por funcionário por mês
- Pequenas empresas: de 11 a 25 funcionários, R $ 6 por funcionário por mês
- Média empresa: de 26 a 100 funcionários, R $ 5 por funcionário por mês
- Empresa de grande porte: mais de 101 funcionários, também sob consulta.
Senior recusou-se a relatar os valores para a pontuação.
Ricardo Kremer, gerente sênior de produtos de recursos humanos, diz que o relógio exige o custo de equipamentos e manutenção, porque “desperdiça energia e quebra com o desgaste”. Com o aplicativo, a empresa “paga uma taxa mensal para usá-lo e seguir em frente”.
O diretor do Mywork diz que o principal público-alvo são pequenas empresas com funcionários externos. “Nosso perfil de clientes costumava ter muitos deles por razões de custo, porque usar um relógio de ponto é caro”, diz Carlsen. Ele deu o exemplo de uma cadeia com três restaurantes, cada um com cinco funcionários, e instalada em diferentes partes da cidade.
“Éramos muito fortes com empresas com até 20 funcionários. 80% da nossa base de clientes, até então, era [formada por] empresas menores “, disse Thiago HC, sócio e diretor de marketing da MarQPonto.
De acordo com a Medida Provisória (MP) de Liberdade Econômica, aprovada pelo Presidente Jair Bolsonaro Em setembro de 2019, o registro de pontos é necessário para empresas com mais de 20 funcionários.
Existe privacidade?
Os aplicativos de ponto eletrônico precisam de algumas permissões para funcionar, como localização, câmera, fotos (mídia e arquivos), armazenamento, acesso à Internet e similares. O uso do GPS, por exemplo, serve para criar um “compartimento eletrônico” e o da câmera, para fornecer mais detalhes sobre onde o trabalhador remoto está.
Eles geralmente funcionam offline, mas sincronizam a hora correta, mesmo se o telefone estiver errado, quando houver uma conexão com a Internet. O que pode ser interpretado como uma invasão de privacidade é justificado pelas empresas como uma garantia de que o trabalhador esteja cumprindo as cargas de trabalho corretamente e no local apropriado.
Segundo Carlsen, localização e selfies são usadas “para verificar se ele é ele mesmo e que, em muitos casos, ele está de uniforme [colaboradores externos]”
Os gerentes podem definir um raio para o aplicativo funcionar, como a casa do funcionário. Se o smartphone sair desse raio, não permitirá que o ponto seja marcado.
Thiago HC da MarQPonto explica que a empresa toma precauções para garantir que os dados coletados permaneçam seguros. “Hoje já estamos adaptados à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e somos muito cuidadosos com essas informações”, afirmou.
Mudança nas relações de trabalho.
Com a adoção maciça do escritório em casa, é possível que esse modelo se torne algo mais relevante nos próximos anos. Carlsen ressalta que, de fato, nem todas as empresas podem (e não devem) adotar abruptamente esse modelo. “Acho que haverá mais exploração do escritório em casa, é uma boa oportunidade para essas empresas testá-lo”.
Kremer diz que o momento é um desafio para todas as empresas, mas que também será um momento de aprendizado, dada a possível mudança na cultura.
“Às vezes é tão difícil contratar pessoas que você não consegue encontrar pessoas em seu lugar ou perto de sua empresa. Mas essa pessoa está disponível em outra cidade, região ou estado. Por que não contratá-las e deixá-las? Ela trabalha remotamente , Certo? “, Acrescentou.
Entre 2016 e 2017, os trabalhadores remotos, no regime de home office, atingiram 16,2% no Brasil. Entre 2017 e 2018, o número atingiu 21,1%. Os dados são da Pnad Continua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).