Startup aposta em nanobolhas naturais para limpar água e esgoto no país – 26/04/2020

Cerca de 83,3% da população brasileira teve acesso à água potável em 2016, segundo dados do Instituto Trat Brasil. Quanto às águas residuais, apenas 45% foram tratadas. Startups como NanoTech Brazil Eles estão procurando soluções e para melhorar esses números. Ao usar a tecnologia de nanobolhas em um processo sem produtos químicos, a empresa pode limpar a água em até 99,9%.

A NanoTech Brasil vende soluções ecológicas em várias frentes. Além do tratamento de água e esgoto (tecnologia NanoBOT), a empresa oferece soluções como desinfecção do ar e da superfície (NanoPure). A ampla gama de produtos permite que a startup opere com segmentos muito diferentes, como bebidas funcionais, cosméticos e agricultura.

Pode parecer que a nanotecnologia vem diretamente de um filme como “Minority Report”, mas a explicação do NanoBOT, a tecnologia do NanoTech para o tratamento da água, não é tão complexa: a grande diferença é que o processo é 100% natural e livre de produtos produtos químicos. E quando falamos de água, quanto mais natural, melhor.

Quando nanobolhas (bolhas de ar com nanômetros de diâmetro) são usadas para injetar oxigênio e ozônio na água, são criados grandes volumes de radicais hidroxila, um poderoso desinfetante que pode destruir bactérias, toxinas e microorganismos. Por se tratar de um processo natural, não há alteração química na água.

Performance no Brasil

Fundada nos Estados Unidos há cerca de três anos, a NanoTech chegou ao Brasil em 2018. Decidiu-se então formar uma subsidiária para realizar projetos locais e facilitar parcerias com outros grupos.

Por aqui, a empresa foi finalista do PitchSabesp, um concurso para solucionar os desafios sugeridos pelo revendedor. Além disso, também foi acelerado por FiemgLab e, mais recentemente, foi incluído no Accelerator 100+, programa de aceleração da Ambev. Em 2019, a empresa faturou US $ 500.000 (cerca de R $ 2,7 milhões) somente em solo americano.

A NanoTech vê o Brasil como um mercado estratégico. Tanto é que a subsidiária brasileira é a única autorizada a realizar pesquisas e gerar propriedade intelectual própria para adaptar o equipamento às demandas locais e ao desenvolvimento de novos produtos.

A startup acredita que as parcerias podem ajudar a empresa a expandir ainda mais suas operações. Por exemplo, com o link criado com a Sabesp, a NanoTech pode demonstrar a eficácia do equipamento no tratamento de água e efluentes em condições específicas no mercado brasileiro. Com a Ambev, a startup pode testar equipamentos em áreas de interesse da cervejaria.

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