Inscreva-se agora para ter acesso ilimitado e GRATUITO ao Reuters.com
Check-in
BRASÍLIA, 2 Fev (Reuters) – A Polícia Federal do Brasil disse nesta quarta-feira que o presidente Jair Bolsonaro cometeu um crime ao divulgar publicamente detalhes de uma investigação criminal lacrada, mas não recomendaria acusá-lo por causa de sua imunidade enquanto estiver no cargo.
A conclusão da Polícia Federal de que o presidente cometeu um crime não deve perturbar Bolsonaro, dada sua imunidade à acusação. Mas isso aumenta as crescentes tensões institucionais no Brasil antes das eleições presidenciais deste ano, nas quais o populista de extrema-direita enfrenta uma batalha difícil pela reeleição.
Em agosto de 2021, durante um discurso em vídeo ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro tornou público o conteúdo de uma investigação sobre um suposto hack contra o Tribunal Eleitoral do Brasil, o TSE, usando o caso para questionar a integridade do processo eleitoral do país.
Inscreva-se agora para ter acesso ilimitado e GRATUITO ao Reuters.com
Check-in
A detetive da Polícia Federal Denisse Ribeiro disse em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, e visto pela Reuters, que Bolsonaro foi responsável por quebra de sigilo “com o objetivo de divulgar informações sabidamente falsas, com repercussão”. administração.
No entanto, Ribeiro disse na reportagem que não poderia recomendar que acusações fossem feitas contra Bolsonaro, devido à sua imunidade.
O gabinete do presidente não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O STF agora encaminhará as recomendações da Polícia Federal à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se buscará o impeachment do presidente, investigará mais ou arquivará o caso.
Bolsonaro repetidamente fez alegações infundadas de que o sistema de votação eletrônica do Brasil foi fraudado durante a eleição presidencial de 2018. Ele diz que já deveria ter sido eleito no primeiro turno, mas não apresentou evidências de fraude.
Em sua transmissão ao vivo de agosto de 2021, ele levantou questões sobre a segurança do sistema de votação eletrônica usado no Brasil desde 1996, depois revelou detalhes da investigação lacrada.
A Procuradoria-Geral do Brasil, que representaria Bolsonaro em qualquer caso eventual, disse em resposta a um pedido de comentário da Reuters que só responderia às acusações da polícia federal se fossem ao tribunal.
Inscreva-se agora para ter acesso ilimitado e GRATUITO ao Reuters.com
Check-in
Informações de Ricardo Brito; Escrito por Gabriel Araujo Editado por Tomasz Janowski
Nossos padrões: Os Princípios de Confiança da Thomson Reuters.