Vencedor da Liga e da Copa do Brasil no ano passado, o Atlético Mineiro agora tem a Supercopa nas mãos após a vitória nos pênaltis de domingo sobre o Flamengo.
O tiroteio foi épico e suas consequências continuarão a ressoar por um tempo. Foi aumentado para 12 chutes cada, com o Atlético vencendo por 8 a 7. O Flamengo fez quatro “match points”, um deles quando o goleiro do Atlético Everson confiante, ele deu um passo à frente para receber o oitavo chute de seu lado e se esquivou por cima da barra. Ele resolveu o problema enfiando o pé em um chute rasteiro de Mateusinho e mandar a bola para o travessão.
goleiro flamengo Hugo Souza Ele teve uma chance improvável de ser um herói quando foi o último do Flamengo XI a subir, mas também passou por cima. E assim voltamos ao início. O Atlético enviou seu principal cobrador de pênaltis, um atacante veterano Capacete, e ele não estava errado. Mas o Flamengo não respondeu com seu especialista, Gabriel “Gabigol” Barbosa, que possui uma extraordinária variedade de penas em seu repertório. Surpreendentemente, ele foi um atacante substituto vitino que se adiantou e bloqueou o chute.
– Estatísticas da partida: Atlético-MG 2 a 2 Flamengo; canetas 8-7
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Tinha acabado. Não houve segunda chance, nenhuma chance para o Flamengo usar seu melhor homem de pênalti. Então, por que Gabigol não marcou o 12º pênalti? O debate vai continuar por dias, especialmente no Rio, cidade natal do Flamengo.
Já em Belo Horizonte, o foco será a comemoração de mais um título. Esta não é tão importante quanto as vitórias do ano passado. A principal função da Supercopa, assim como a Community Shield na Inglaterra, é dar o pontapé inicial na temporada. O sério, o campeonato brasileiro e a fase de grupos da Copa Libertadores, começam em abril. E uma vez que as ondas deste jogo se acalmaram, as duas equipes têm algo a comemorar, e não apenas porque o empate por 2 a 2 no calor da tarde de Cuiabá foi um evento vibrante.
Ambos os clubes têm novos treinadores estrangeiros que estão dando seus primeiros passos tímidos no futebol brasileiro. O Atlético foi pego de surpresa pela demissão repentina de Cuca e trouxe Antonio Mohamed da Argentina, um treinador que teve a maior parte de seu sucesso no México. O Flamengo, por sua vez, respondeu a um decepcionante 2021 virando português, nomeando Paulo Sousa.
A tarefa de Paulo Sousa é maior. No caso do Atlético, a continuidade é boa. Houve poucas mudanças, sendo a maior a do veterano zagueiro uruguaio Diego Godín, que substituiu o paraguaio Alonso. Mas o Mohamed’s tem pouco a consertar porque nada foi quebrado. Mas o Flamengo está ansioso para emergir da sombra de seu lado conquistador a partir de 2019, sob o comando de outro técnico português, Jorge Jesus. Eles nunca foram tão bons desde então. Paulo Sousa, então, está livre para lançar uma nova era – e com David Luiz no meio de um triplo por trás, ele está construindo um lado com sua própria marca.
Indo para o jogo, ambos os treinadores estavam em risco óbvio; O futebol brasileiro é notoriamente impaciente. Uma derrota humilhante na Supercopa poderia torpedear todo o projeto nesta fase inicial. Isso não aconteceu. Tanto Mohamed quanto Sousa saem ilesos deste primeiro grande jogo, e ambos podem ser encorajados pela forma como a partida foi.
O Flamengo esteve em boa parte do primeiro tempo. Os três defesas de Paulo Sousa permitiram-lhes preencher o meio-campo, dando-lhes o seu craque, Giorgian De Arrascaetamais plataforma para jogar do que sua contraparte, Nacho Fernandez. Mas, com a aproximação do intervalo, o Flamengo parecia cansar com o calor do verão. Eles caíram mais fundo – muito fundo – e deram ao lateral-esquerdo do Atlético Guilherme Arana o espaço para desferir um de seus chutes de marca registrada. O jovem goleiro Hugo Souza derramou a bola e Fernández entrou para marcar no rebote.
Mas os 20 minutos após o intervalo foram de Flamengo e Paulo Sousa. Mudou as laterais de De Arrascaeta e o atacante coadjuvante Bruno Henriquee logo foi recompensado. Felipe Luís deslizou De Arrascaeta pelo flanco esquerdo, Henrique cabeceou para o gol, o goleiro Everson mergulhou para a esquerda para bloquear e Gabigol rematou no rebote. E o Flamengo saiu na frente. jovem meio-campista Lázaro Ele passou a jogar na lateral esquerda. Em um minuto, sua corrida abriu espaço e seu belo passe diagonal cortou Godin, dando a Henrique a chance de marcar com um chip inteligente.
Agora o Atlético tinha que responder. Mohamed mudou seu lado para a frente, apresentando uma nova contratação ademir e o internacional chileno Eduardo Vargas. Em dois minutos, o Atlético estava empatado. Ademir cruzou com o pé esquerdo da direita, Vargas no segundo poste cabeceou e Hulk encontrou espaço entre Fabrizio Bruno e David Luiz para finalizar com o pé direito mais fraco. E assim o drama da disputa de pênaltis foi garantido.
Sem nenhum lado humilhado, até o treinador derrotado pode sair com a segurança do emprego intacta, embora Paulo Sousa tenha muitas perguntas a responder sobre se Gabigol não cumprirá o pênalti fatal.
Foi uma partida emocionante, um excelente exemplo do potencial do futebol nacional brasileiro, ainda mais agora que os clubes maiores têm recursos para trazer de volta jogadores da Europa (seja veteranos ou aqueles que não conseguiram se estabelecer) e também contratar sul-americanos de qualidade. Mas o evento também destacou os problemas organizacionais e a falta de espírito de equipe que assola o jogo nacional. As restrições do COVID significavam que o jogo não poderia ser realizado em frente a um estádio lotado em Brasília, como planejado originalmente. Cuiabá, e o estádio construído para a Copa do Mundo de 2014, foi uma substituição tardia, escolhida após muita discussão nos bastidores.
Há projetos na mesa para os clubes brasileiros organizarem sua própria liga. Mas encontrar um consenso entre os clubes é uma tarefa difícil, e as negociações vão durar muito mais do que o duelo épico da Supercopa entre Atlético Mineiro e Flamengo.