TEERÃ – O ministro da Agricultura do Irã, Javad Sadati-Nejad, disse que a República Islâmica vai trocar dois milhões de toneladas de fertilizante de uréia com insumos de ração animal com o Brasil por meio de troca.
Sadati-Nejad fez as declarações após uma reunião com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, informou o IRIB no sábado.
Durante a reunião, as autoridades anunciaram a disposição de seus países de ampliar a cooperação agrícola mútua para equilibrar o intercâmbio entre os dois países.
Referindo-se ao desequilíbrio comercial entre Irã e Brasil, Sadati-Nejad afirmou: “Neste momento, há novas oportunidades para desenvolver a cooperação entre os dois países e esperamos aproveitar todas essas oportunidades”.
Enfatizando que o comércio preferencial deve ser estabelecido entre os dois países, acrescentou: “O Irã é um centro de produção de uréia fertilizante de alta qualidade e o Brasil é um grande produtor de insumos para a pecuária, para que possamos atender às necessidades de cada um nestes setores. “
A ministra brasileira, por sua vez, apontou a criação de um comitê consultivo conjunto, a realização de exposições e a venda de produtos agrícolas iranianos em lojas locais no Brasil como formas de o povo brasileiro conhecer mais sobre os produtos iranianos, a fim de abrir caminho para o desenvolvimento da cooperação entre os dois países.
O ministro brasileiro que visitou o Irã liderando uma delegação de 30 membros a convite oficial do ministro iraniano da Agricultura viajou para a província de Fars depois de chegar a Teerã na quinta-feira.
Cristina se reuniu com membros da Câmara de Comércio, Indústrias, Minas e Agricultura da Província de Fars em Shiraz.
Falando neste encontro, o ministro brasileiro disse que o país latino-americano quer manter as exportações para o Irã e ampliar as importações da República Islâmica para alcançar uma balança comercial nas trocas agrícolas.
Quanto ao propósito de sua visita ao Irã, ele disse que o Brasil quer melhorar a cooperação agrícola porque todos os países devem ajudar a fornecer alimentos de qualidade e acessíveis em todo o mundo.
Dada a capacidade tecnológica e as terras aptas para cultivo no Brasil, o país está pronto para atrair investidores iranianos; então, as negociações cara a cara podem ajudar a chegar a um consenso a esse respeito, disse ele.
Referindo-se ao fato de a agricultura e a pecuária serem modernas e desenvolvidas em seu país, a ministra disse que o Brasil pode ajudar outros países em termos de segurança alimentar devido ao seu progresso nesse campo.
“No Brasil, não há problema de seca e escassez de água para a agricultura, e o Brasil pode complementar a agricultura iraniana”, disse Cristina.
Ele também citou estatísticas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), apontando que a demanda por alimentos aumentará em até 60%; portanto, os países produtores de alimentos devem desenvolver e implementar novos métodos de cultivo e colheita.
O ministro destacou que o comércio entre Irã e Brasil é feito por meio de países intermediários, acrescentando que os negócios bilaterais estão focados em produtos como milho, soja etc.
O Brasil está importando fertilizante químico de uréia do Irã, disse ele, expressando a esperança de que o artigo seja expandido para fertilizantes para produtos como pistache, amêndoa e açafrão.
O ministro observou ainda que algumas empresas e bancos brasileiros estão ansiosos para facilitar o processo comercial com o Irã e resolver alguns dos problemas existentes.
FE/MA