Rússia pede aos EUA que retirem armas e pessoal de novos membros da OTAN – EURACTIV.com

A Rússia disse aos EUA na quinta-feira (17 de fevereiro) que deveria retirar armas e pessoal dos novos membros da OTAN, e que tanto ela quanto a OTAN devem se comprometer legalmente a impedir a expansão da OTAN para isso.

As exigências seguem as propostas dos EUA destinadas a aliviar as tensões na fronteira Ucrânia-Rússia. Enquanto a diplomacia pode tentar acalmar a situação, os últimos detalhes surgem após reportagens em meios de comunicação como a agência de notícias russa RIA Novosti e o jornal espanhol El País.

Em 2 de fevereiro, este último publicou o que disse ser uma cópia vazada de uma resposta dos EUA às demandas russas, na qual Washington ofereceu negociações com Moscou sobre um acordo para ambos os lados se absterem de estacionar mísseis ou tropas ofensivas na Ucrânia. A autenticidade do documento vazado de 11 páginas foi confirmada.

Na quinta-feira, o embaixador dos EUA, John Sullivan, recebeu a resposta russa em Moscou, disse um alto funcionário do Departamento de Estado.

Segundo a RIA Novosti, a ideia principal da resposta russa é a seguinte:

  • A Rússia considera que os EUA “distorceram” as propostas russas de garantias de segurança no sentido de criar benefícios para Washington e seus aliados, ignorando o caráter de pacote das propostas, escolhendo temas convenientes;
  • A Rússia considera inaceitáveis ​​os pedidos ocidentais de que a Rússia retire tropas de certas áreas de seu próprio território;
  • A Rússia diz que para a desescalada em torno da Ucrânia, Kiev deve cumprir os acordos de Minsk, que o fornecimento de armas de países ocidentais para a Ucrânia deve ser interrompido e retirar aquelas que já foram entregues, que todos os conselheiros devem ser retirados e instrutores ocidentais e que a OTAN deve abandonar os exercícios com a Ucrânia;
  • A Rússia insiste na retirada de todas as forças e armas dos EUA da Europa Central e Oriental e das repúblicas bálticas;
  • A Rússia aguarda propostas concretas dos Estados Unidos e da OTAN sobre o conteúdo e as formas do compromisso legal da aliança de não se expandir para o leste.

A Rússia declarou que as questões de controle de armas não podem ser consideradas isoladamente de outras medidas de proteção.

Os Estados Unidos disseram na quinta-feira à noite que Blinken e seu colega de Moscou, Sergei Lavrov, concordaram em se reunir na próxima semana, desde que não haja invasão antes disso.

A Rússia concentrou enormes forças aéreas, terrestres e marítimas ao redor da Ucrânia, mas o presidente Vladimir Putin e autoridades dizem que as tropas estão apenas realizando exercícios práticos.

A Rússia também expulsou o diplomata número dois dos EUA em Moscou, disse o Departamento de Estado dos EUA, condenando a ação “não provocada”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fará uma reunião na sexta-feira sobre a crise na Ucrânia com os líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Polônia, Romênia, Grã-Bretanha, União Europeia e OTAN, disse o gabinete do primeiro-ministro dos EUA.

[Edited by Alice Taylor]

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