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O grupo antipirataria holandês BREIN não está deixando pedra sobre pedra para responsabilizar o que já foi o maior comerciante de IPTV pirata da Holanda. Após investigações no Reino Unido e em Portugal, o BREIN diz que agora rastreou o homem até o Brasil, onde pretende aplicar processos civis e denunciar o homem às autoridades, enquanto apreende domínios.
Em 2021, documentos judiciais revelaram o trabalho do grupo antipirataria BREIN contra o vendedor de IPTV pirata GoFastIPTV.eu, plataforma que oferecia filmes, programas de TV e transmissões ao vivo de canais de TV por assinatura, além de mais de 85.000 títulos sob demanda.
A BREIN acredita que esta plataforma foi a maior vendedora de assinaturas de IPTV na Holanda e, como resultado, fez um grande esforço para identificar seus operadores. Isso inclui compras de teste que levaram ao PayPal e uma conta no Rabobank na Holanda. Cartas de intimação também foram enviadas para várias contas de e-mail e para empresas que hospedam o site do serviço de IPTV.
Investigações contínuas levaram o BREIN a fazer investigações no Reino Unido e no Brasil, com o grupo antipirataria chegando a um beco sem saída quando um domínio relacionado foi rastreado até um hotel em Lisboa, Portugal. As exigências feitas ao Rabobank para fornecer detalhes do cliente também se mostraram problemáticas, até que o BREIN ganhou uma decisão judicial que obrigou o banco a entregar as informações necessárias.
Banco entrega dados, BREIN faz progresso
De acordo com novas informações do BREIN, o banco acabou entregando o nome, endereço e dados de residência da pessoa por trás da conta, tornando possível identificá-la e localizá-la. BREIN seguiu servindo um ex parte ordem judicial no endereço de um homem no Brasil.
Isso não forneceu o resultado necessário e, em vez de desligar, o homem continuou a negociar. Como resultado, porém, perdi 420.000 euros em multas. BREIN diz que o homem também transferiu o nome de domínio do site para uma ‘pessoa não identificável’, o que foi um erro que o grupo antipirataria atacou.
BREIN busca apreender domínios, fazer cumprir o pagamento de multas
Quando as autoridades de domínio não conseguem identificar um proprietário, os domínios podem ser suspensos e quando o BREIN fez uma solicitação em relação aos domínios de IPTV piratas, foi exatamente o que aconteceu. Isso significa que as vendas de assinaturas de IPTV não podem mais ocorrer por meio desses domínios, mas de acordo com o BREIN, as vendas agora estão ocorrendo em mais um novo domínio, embora com muito menos tráfego.
“BREIN, portanto, iniciou um processo de mérito em relação às multas e à transferência de nomes de domínio. A tomada de nomes de domínio como meio de fiscalização também é conhecida nos EUA, entre outros lugares”, explica BREIN.
“A sentença civil final do tribunal será executada no Brasil em relação aos ativos lá. A BREIN também denunciará o homem às autoridades por causa de sua persistência na violação em larga escala”.
BREIN não se intimida com apreensões de ativos
Em meados de 2018, o BREIN abordou um vendedor de cópias ilegais de e-books no serviço online local Marktplaats e no Facebook. Ela concordou em encerrar suas atividades, mas com isso veio uma cláusula de multa, caso essas vendas fossem retomadas. O BREIN descobriu mais tarde que as vendas estavam de fato ocorrendo e, em 2019, o grupo antipirataria exigiu um pagamento de 4.000 euros.
Quando esse pagamento não foi feito devido aos bens disponíveis serem atribuídos à sua mãe, BREIN apreendeu a casa da mulher. Após as negociações, um cronograma foi acordado, mas após o pagamento de 2.500 euros em parcelas de 100 euros por mês, os pagamentos ficaram paralisados.
A BREIN revela agora que, no final do ano passado, respondeu apreendendo o carro da mulher que pretendia vender para ajudar a cobrir as suas responsabilidades.
“Depois disso, a liquidação foi feita mediante o pagamento de mais 2.500 euros de uma só vez. No total foram arrecadados 5.000 euros”, BREIN relatórios.