O acesso a informações sobre o coronavírus pode não parecer difícil, mas para muitos o conteúdo ainda não chegou corretamente. O papel da startup de inteligência artificial Dr. wilson é levar informações para locais de difícil acesso. O Dr. Wilson nasceu com foco em doenças negligenciadas, mas tem sido muito útil na divulgação de conteúdo na covid-19.
A grande vantagem da plataforma é ser um assistente pessoal, um bot, que entende não apenas a língua portuguesa, mas também a língua natural de várias regiões diferentes. “Eu morei em Angola em 2004 e quando tive que participar de uma grande campanha de vacinação, as informações não eram suficientes”, diz Mario Mendes, um dos fundadores da plataforma. “Superei a questão das grandes necessidades de saúde, além de outras doenças como a malária. Agora existe o coronavírus”, acrescenta.
No Brasil, já existem mais de 1.450.500 interações no covid-19. Para a África, já existem mais de 100.000 interações, especialmente em Angola, Moçambique e Cabo Verde. “Estamos pressionando o botão para lavar mais as mãos e manter o ambiente limpo”, diz Mendes. O conteúdo disseminado deve ser simples, pois o álcool gel não é facilmente acessível nas regiões mais pobres.
No entanto, é na América Central que permanece um ponto de alerta, segundo Mendes. O Haiti, devido à sua proximidade com os Estados Unidos, precisa de mais informações sobre a covid-19 e é uma das áreas de foco da empresa. Embora seja mais completo em português, a ferramenta também interage em inglês, espanhol e francês.
Todo o sistema é fornecido por uma equipe de todo o planeta. “Temos uma equipe de 70 pessoas em todo o mundo, 22 delas somente no Brasil. Eles são responsáveis por incluir e adaptar o conteúdo com as particularidades e regionalidades de cada localidade. Além disso, podemos orientar populações que não possuem muitos recursos de higiene. para prevenir doenças “, diz ele.
Plataforma salva ciclones pessoas
Quando o Dr. Wilson foi criado no início de 2019, o foco estava na doença, mas foi em outra situação em que o bot mostrou ainda mais potencial: durante o ciclone Idai, que atingiu Moçambique em março de 2019.
“A população começou a pedir ajuda e o Dr. Wilson acabou sendo responsável por 1.200 resgates”, diz Mendes. Além dos relatórios, a startup também coleta IP e endereço, possibilitando saber exatamente onde as pessoas estavam. “Mas não mostramos dados confidenciais”, acrescenta.
Foram investidos R $ 3 milhões no Dr. Wilson, totalmente financiado pelo Inbot. Mas se a startup é filantrópica, como o projeto funciona? Mendes diz que o motor do Dr. Wilson é um bot que também é usado por empresas, como o processo de vendas da Porto Seguro. “Tudo isso ajuda a plataforma a evoluir”, diz ele.
Os fundadores estão usando o ecossistema de inicialização da Inovabra, onde a empresa está localizada, para implementar inovações na inicialização. “Estamos lançando um teste para implementar a realidade aumentada”, diz Mendes. A ideia é que um usuário possa tirar uma foto de um item sobre o qual tenha uma pergunta e o bot possa responder.
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