Brasil vê 2 casos confirmados de omicron, o primeiro na América Latina

SÃO PAULO (AP) – Autoridades de saúde do Brasil relataram os primeiros casos confirmados da variante ômicron no país em dois viajantes que chegavam da África do Sul, os primeiros casos do tipo na América Latina.

O secretário de saúde do estado de São Paulo disse que um homem de 41 anos e uma mulher de 37 estão isolados. Os dois foram testados em 25 de novembro e apresentavam sintomas leves da doença na época.

Segundo o comunicado da secretaria, os dois viajantes chegaram ao Brasil no dia 23 de novembro e fizeram um teste de PCR antes de uma viagem marcada para dois dias depois. O resultado positivo do teste foi coletado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na periferia de São Paulo, antes de um vôo de volta à África do Sul.

“Depois do resultado positivo, o casal foi condenado a ficar isolado em casa. Ambos estão sendo acompanhados por (autoridades) estaduais e municipais, além de seus respectivos familiares ”, disse o secretário de saúde de São Paulo, acrescentando que nenhum deles está cadastrado na plataforma de vacinação do estado.

“Uma investigação inicial não identificou que eles foram vacinados em qualquer outro lugar”, disse ele.

O secretário de saúde da Câmara Municipal de São Paulo disse que o casal mora na África do Sul e está em visita ao Brasil. Ele não revelou suas nacionalidades.

Outro potencial caso de omicron foi investigado pelas autoridades brasileiras desde domingo.

Os dois brasileiros são os primeiros casos confirmados na América Latina, que tem sofrido muito com a pandemia do coronavírus. Só o Brasil registrou mais de 600.000 mortes, número que os analistas acreditam estar subestimado.

O Brasil não exige a vacinação COVID-19 de viajantes estrangeiros que entram no país.

No início da terça-feira, Japão e França relataram seus primeiros casos da variante omicron, enquanto novas descobertas indicam que o coronavírus mutante já estava na Europa cerca de uma semana antes da África do Sul dar o alarme. Na última quarta-feira, 24 de novembro, as autoridades sul-africanas informaram a Organização Mundial de Saúde da existência do vírus altamente mutado.

Ainda não se sabe muito sobre a nova variante, incluindo se é mais contagiosa, como algumas autoridades de saúde suspeitam, se deixa as pessoas mais doentes e se pode impedir a vacina.

A agência de saúde brasileira Anvisa disse que a entrada ocorreu antes da decisão do governo federal, no domingo, de bloquear passageiros que chegam da África do Sul. O país sul-americano bloqueou voos com origem ou escala na África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

O governador de São Paulo, João Doria, disse que o comitê científico do COVID-19 do estado vai reavaliar o fim dos mandatos das máscaras, que deveria entrar em vigor em 11 de dezembro.

“Precisamos saber o impacto dessa nova variante” antes de decidir se removeremos as máscaras ao ar livre, disse Doria, que também é candidata à presidência na eleição do próximo ano.

O presidente Jair Bolsonaro, que desobedeceu aos protocolos de saúde desde o início da pandemia e não foi vacinado, insiste que as políticas de distanciamento social não devem ser reinstauradas.

Muitos prefeitos de cidades brasileiras estão se perguntando se devem manter as festividades de fim de ano programadas e o carnaval de fevereiro, devido ao temor de que as taxas de infecção de COVID-19 aumentem novamente.

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