Conta milionária explica por que SP pressiona a mudança da data do GP

Números importantes foram divulgados na coletiva de imprensa em que o Governador do Estado de São Paulo, John Doria (PSDB) anunciou que pelo menos mais 20 mil ingressos para o GP de Fórmula 1 de São Paulo estarão à venda no final do mês, quando os organizadores deverão receber resposta ao pedido de mudança de categoria até o final de julho. Ela foi enviada. A corrida vai de 7 a 14 de novembro. Os números refletem a preocupação das autoridades em garantir o retorno financeiro do evento à cidade e ao estado, que estão investindo fortemente na manutenção do evento, cidade considerada a segunda maior da capital em termos de movimentação financeira. Isto é.

É inegável que o GP de Fórmula 1 atrai muitos visitantes e impulsiona a economia da cidade: segundo Vinicius Lumertz, secretário de Estado do Turismo, em 2021, 76% dos que compraram passagens até agora estavam fora de São Paulo. são de. O tamanho da conta administrada pelo governo mudou desde a assinatura de um novo contrato com a Fórmula 1 no final do ano passado: de menos de 40 milhões para menos de 150 milhões por ano.

Por que o GP ficou mais caro para São Paulo?

A diferença é que, como todas as outras etapas do calendário, com exceção do GP de Mônaco, o Brasil agora terá que pagar a taxa anual da F1 para participar da corrida. Nos últimos tempos, essa taxa era paga em grande parte pela TV Globo e, quando a emissora parou de fazê-lo, o promotor da competição, Tamas Rohony, fechou um acordo com o então chefe da F1, Bernie Ecclestone, que anteriormente havia vendido o acordo para a Liberty. mídia, para que o Brasil fique isento dessa tarifa, em vigor desde 2017, quando os norte-americanos já detinham o controle dessa categoria.

Esse arranjo fazia com que a prefeitura de São Paulo, dona de Interlagos, assumisse apenas os custos operacionais, como segurança e limpeza, já que não ultrapassava 40 milhões por ano, além da manutenção do autódromo. Caiu. Embora o valor da bilheteria tenha ficado com o promotor, o evento foi bastante lucrativo para a cidade, pois estima-se que apenas em impostos a restituição gire em torno de 111 milhões de reais.

Descrição do Autódromo de Interlagos na cidade de São Paulo

Imagem: Duda Barros / AGIF

Porém, o novo contrato, com o pagamento da performance fee, trouxe o Brasil de volta à realidade de outros lugares do calendário. Em maio, o blog Olhar Olímpico revelou que uma fatura enviada por categoria à Câmara Municipal indicava que a cobrança era de US $ 25 milhões por ano. Portanto, embora o contrato com a nova promotora, a Brasil Motorsport, empresa liderada por Alan Adler, preveja um pequeno repasse anual (20 milhões de reais), a conta total no erário é mais salgada: pelo câmbio do vencimento. A segunda parcela de R $ 22,5 milhões, paga pela Prefeitura à F1 no dia 1º de junho, traz o valor total pago pela Prefeitura para a categoria e a empresa promotora do evento fica perto de 150 milhões de reais.

Agora, com uma conta mais salgada, os funcionários públicos precisam de toda a ajuda possível para tornar o evento o mais lucrativo possível. E aí vem o pedido de mudança da data da Proclamação da República, segunda-feira, 15 de novembro, para o próximo fim de semana, 7 de novembro, que se aproxima de feriado nacional. Segundo o relato de Doria, o encerramento do período natalino pode resultar em um faturamento “25% a mais, ou seja, 100 a 140 milhões de reais a mais” do que na semana anterior, já que gente de fora da cidade e do estado aproveita outros atrativos e mais. Fique na hora certa

Na contagem de 2019 da Fundação Getúlio Vargas, que atualmente é utilizada pelo governo, a movimentação total de GPs – em que tudo é gerado, não apenas os cofres públicos – é de 670 milhões (e Lumertz disse na roda da imprensa esperando o número será “20-30% maior este ano”, pois estima-se que a demanda tenha caído devido à pandemia), criando 8.000 empregos e exposição na mídia para a cidade no calor de 1,6. com. Reis Árabes.

O domínio britânico tornou o namoro difícil

Mas o pedido será aceito? A situação não é simples. O Brasil está atualmente na Lista Vermelha do governo do Reino Unido, onde vive a maioria das pessoas que trabalham na F1. Isso significa que, no retorno, esses profissionais terão que se isolar em hotéis por 10 dias, o que não é aceito pelas equipes. Segundo Doria, a proposta de SP seria revertida com o México, indicando que a categoria pretende resolver o problema da lista vermelha realizando testes na Cidade do México no final de semana após São Paulo, o que ampliará o período de isolamento no retorno à Inglaterra. . faz menos. No entanto, o México acaba de entrar na Lista Vermelha do governo britânico, então, se esse era realmente o plano, não era mais possível. A posição do México e do Brasil em relação às regras do Reino Unido é um dos problemas da F1 para a segunda metade do calendário, que será anunciado, ao menos parcialmente, no final de agosto.

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