Em meio ao surto do novo coronavírus e à pressa de comprar mais respiradores para atender pacientes graves, o Brasil tem 3.600 desses dispositivos fora de serviço devido a problemas como falta de manutenção. É o que mostra uma pesquisa de jornal O estado de S. Paulo no banco de dados do Registro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), mantido pelo Ministério da Saúde no portal Datasus.
A balança mostra a existência de 65.411 ventiladores mecânicos / ventiladores em hospitais públicos e privados do país, dos quais 61.772 estão em uso e o restante foi interrompido. O número de dispositivos que não podem ser usados é 5,6% do total. Os respiradores são equipamentos considerados essenciais para o tratamento de pacientes com doença grave por coronavírus.
O estado de São Paulo, que até agora tem o maior número de casos e mortes por covid-19 no país, é o com os respiradores mais utilizados: 770 (4,2%). No Rio de Janeiro, o segundo estado com o mais poluído pelo coronavírus, 545 dispositivos estão parados, ou 7,2% do total.
Em números percentuais, Roraima é a unidade da Federação com a maior taxa de dispositivos fora de serviço: 30,3% dos 152 respiradores no estado não estão em uso. “São equipamentos quebrados, em manutenção, mas que podem ser recuperados. Seria uma ótima estratégia para reativar esses dispositivos neste momento ”, diz o médico intensivista Ederlon Rezende, do conselho consultivo da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib).
Ele afirma que o preço de cada novo tipo de dispositivo varia de R $ 50.000 a R $ 90.000. Segundo o especialista, embora a complexidade dos reparos dependa do tipo de falha e da disponibilidade de peças de reposição, o reparo geralmente não leva muito tempo.
A recuperação do produto deixaria o país menos dependente da aquisição de novos respiradores em um momento em que a demanda global está crescendo significativamente sem que a indústria possa atendê-lo. Segundo Rezende, o reparo pode ser rápido e geralmente é mais barato.
Como ele Estado Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde perguntou aos fabricantes de equipamentos a possibilidade de comprar 15.000 novos respiradores. A resposta do setor foi que a disponibilidade para entrega imediata é “praticamente nula”. Segundo uma entidade que reúne fabricantes, as indústrias poderão começar a fornecer novas unidades em aproximadamente 15 dias, quando o Brasil já estará na fase de pico da doença, segundo projeções de especialistas e do Ministério da Saúde.
Antes do estágio, a General Motors anunciou ontem um grupo de trabalho para reparar dispositivos que não estão funcionando devido a algum tipo de problema. Representantes do Ministério da Economia, Senai, Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin), outros fabricantes de automóveis, como Mercedes-Benz, e fabricantes de autopeças participam do grupo.
A empresa já está preparando áreas específicas nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos (SP), Gravataí (RS), Joinville (SC) e seu centro de testes em Indaiatuba, também no interior de São Paulo, para realize reparos no respirador. Com a ajuda do Senai, a General Motors também está treinando pessoal técnico para a tarefa online. A informação é do jornal. O estado de S. Paulo.