Após sete anos de portas continuamente abertas, tendo recebido pessoas de mais de 120 países e todos os estados brasileiros sem nunca estar sem convidados, fomos obrigados a fechar as portas. O pior é que não temos certeza dos próximos dias, de fato, meses.
Quando falo com muitos amigos no setor de turismo, sinto angústia em suas vozes, em meio a suspiros e profundas pausas de desespero.
Refiro-me aos proprietários de pequenos hotéis, albergues, albergues e agentes de viagens e turismo que são tão relevantes para a cadeia quanto grandes redes de hotéis e companhias aéreas. São empresas que possuem capital para sobreviver em média, no máximo, 17 dias fechados e que geram milhares de empregos.
Segundo o WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo), 75 milhões de empregos estão em risco na cadeia global de viagens e turismo durante a pandemia de coronavírus. Um milhão de pessoas são demitidas todos os dias.
Sabemos que nossa indústria contribui com 10,4% do PIB mundial e gera um em cada dez empregos. Também é responsável por 20% da criação de novos empregos.
Aqui no Brasil, todo o setor emprega aproximadamente três milhões de pessoas e faturou em 2019 R $ 238,6 bilhões, segundo o Ministério do Turismo. Na última terça-feira, 24 de março, as associações disseram que 80% dos hotéis, resorts, parques e atrações turísticas estão fechados. É importante notar que muitos não abriram devido a um decreto, mas devido à falta de clientes.
Ao contrário de outros setores que sofreram reduções nas vendas ou na produção, o turismo parou. Nossa indústria não existe naquele momento, apenas seus escombros. Sabemos que o ministério mantém um escritório permanente de crise e recebe nossas demandas com cuidado. Infelizmente, até agora, nenhuma ação do governo impediu a falência de empresas comerciais.
É com um nó na garganta que escrevo. O turismo brasileiro não suporta essa crise financeira. Não estou falando de preconceito. Trata-se de falência e demissões em massa, terminando com mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. A pandemia nos impede de colocar R $ 31,3 bilhões na economia brasileira.
Nos sete anos de operação de nossa empresa, pagamos impostos e assumimos compromissos de trabalho. Existem 20 famílias que dependem desse negócio. Tudo o que esperamos é uma medida eficaz que nos permita sobreviver à crise. Em face da lentidão e das disputas políticas, só podemos ter fé se observarmos a silenciosa destruição do turismo no Brasil.