A equipe econômica está trabalhando na possibilidade de retomar gradualmente a quarentena a partir de 7 de abril. Segundo o Estado, o prazo é baseado na data inicial do término do isolamento imposto pelo Estado de São Paulo.
No último sábado, dia 21, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decretou 15 dias de quarentena, a partir de terça-feira, dia 24, mas a duração pode ser prorrogada. É válido em todos os 645 municípios de São Paulo.
A previsão da retomada das atividades pelos conselheiros de Guedes coincide com o período de pico da transmissão do vírus, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Na sexta-feira, ele disse que a transmissão do novo coronavírus continuará a crescer até maio e junho e só cairá acentuadamente a partir de setembro.
“Imaginamos que a velocidade aumentará e aumentará na próxima semana ou 10 dias. Devemos entrar em abril e começar a rápida ascensão. Esse rápido aumento durará em abril, maio e junho, quando começará a mostrar uma tendência de queda. Em julho, ela deve começar o platô. Em agosto, este platô começará a mostrar uma tendência de queda. E a queda de setembro é profunda, como a de março na China “, explicou o ministro durante encontro com empresários, realizado por videoconferência.
Como o Estado mostrou, a polêmica e criticada declaração do presidente Jair Bolsonaro na noite de terça-feira, na qual ele pedia o fim do “confinamento em massa”, tem eco na equipe econômica. O ministro da Economia, Paulo Guedes, é um dos membros do governo que alertou o presidente Bolsonaro sobre o risco de um fechamento econômico abrupto por meses. Guedes e sua equipe conversam com empresários sobre o assunto.
A defesa do isolamento apenas daqueles do chamado grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, segue na direção oposta às recomendações das autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende O isolamento de todos é a única maneira de impedir a propagação da doença em um estado de transmissão sustentada, ou seja, quando a fonte da contaminação não é conhecida.
Aos 72 anos, o próprio ministro Paulo Guedes trabalha em sua casa no Rio de Janeiro. Para as reuniões no Palácio do Planalto, Guedes enviou os secretários especiais de finanças, Waldery Rodrigues, e o executivo, Marcelo Guaranys.
Oficialmente, seu consultor diz que a recomendação para o grupo de risco é ficar em casa. Os consultores em seu escritório pedem que ele fique em casa, onde ele participa de reuniões virtuais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.