É certo que o clássico Re-Pa deste sábado 5, no Mangueirão, não foi o mais esperado. As duas equipes se classificaram, cheias de faltas e com as cabeças já na próxima fase da Série C. O problema é que o jogo foi completamente desinteressante. Um festival de passes sem objetividade e com muita monotonia. Depois da partida, nem a torcida nem o treinador bicolor João Brigatti entenderam o motivo da apatia dos times no empate sem gols.
“Acho que foi o clássico mais quente que já participei e isso me surpreendeu. Esperávamos um clássico mais aberto, mais duro, mas devido às dificuldades das duas equipes durante a semana, principalmente em relação aos jogadores travados, ninguém ele quer ficar de fora, saiu da fase seguinte e acabou sendo um jogo de muito respeito dos dois lados ”.
O clássico do sábado no Mangueirão foi protocolo. Como o resultado favoreceu igualmente as duas equipes de grupos distintos na próxima fase da competição, a falta de objetividade foi a tônica da partida. A impressão foi que Remo e Paysandu aguardavam o apito final do árbitro. Ninguém arriscou uma oportunidade de gol. No final, 0-0 não deu certo e os dois estão no mesmo grupo na quadratura que vale a pena o acesso.
O fato de os dois maiores clubes do Pará disputarem vagas na Série B dentro do mesmo grupo preocupou João Brigatti. Os clássicos da próxima fase serão decisivos e a margem de erro diminuiu. Segundo o treinador bicolor, a seqüência positiva do Paysandu nas últimas partidas pode ser um diferencial.
- Grupo do Paraná no anel de acesso: Paysandu, Remo, Londrina e Ypiranga-RS.
– Também sabemos que temos todas as condições para subir, com o futebol que temos apresentado, devido à evolução da equipa. Já são oito jogos sem perder, cinco jogos sem marcar gols. Somos uma equipa que está a criar uma grande consistência, o que será importante para a próxima fase. Vamos aguardar os dois classificados que constituem a chave para pensar no que faremos amanhã. Temos que vencer o próximo jogo, começar com o pé direito, pois nosso principal objetivo é o acesso – disse Brigatti.
“Não podemos contar com a melhor equipa que pensamos neste momento. Agora, todo o nosso pensamento está voltado para a próxima fase, em busca deste objectivo que será da maior importância para o Paysandu”.
Victor Feijão protagonizou a única jogada perigosa do game – Foto: Ascom / Paysandu
Um jogador “se destacou” na partida. Aproveitando a sequência como titular, Victor Feijão fez a única jogada perigosa do jogo. Ainda no primeiro tempo, o atacante “dançou” na frente de Dudu Mandai, conseguiu o drible e acertou o gol. Vinícius, o goleiro de Remo, caiu para trás, a bola bateu na trave e passou por cima da linha, sem entrar no gol. Esse foi o único chute de Paysandu no jogo.
Apesar do bom desempenho, Victor Feijão foi substituído no intervalo. Questionado sobre a mudança, Brigatti disse que o jogador não estava em condições físicas ideais e preferiu deixar o atleta para a próxima fase.
– Decidimos dar a opção de começar pelo Feijão. Na grama pesada, que começou na chuva, optamos por recuperar o jogador, para que ele possa ser usado no próximo jogo – diz Brigatti.