Contagem de votos confirma vitória de Biden na Geórgia | Eleições de 2020 nos EUA

UMA contagem manual de votos no Georgia confirmou nesta quinta-feira (19) a vitória do Joe Biden no estado, disseram funcionários eleitorais. Com isso, o presidente eleito passa a ser o primeiro democrata a vencer naquele círculo eleitoral desde 1992, o ano em que Bill Clinton foi eleito.

Segundo dados oficiais, Biden ganhou Donald Trump no estado por 12.284 votos de vantagem: uma pequena redução de 496 votos em relação ao inicialmente calculado. O resultado será oficialmente certificado na sexta-feira (20).

Com a vitória de Biden na Geórgia, a pontuação do Colégio Eleitoral será de 306 votos para Joe Biden contra 232 para Donald Trump, segundo projeção da Associated Press.

O procedimento surgiu porque a contagem dos votos na Geórgia terminou com uma vantagem de Biden igual a apenas 0,28 ponto percentual. Essa margem dá ao perdedor o direito, neste caso Trump, pedindo para contar.

Autoridades eleitorais do condado de Cobb, na Geórgia, auditam os votos desta segunda-feira (16) para a recontagem da eleição presidencial dos EUA – Foto: Mike Stewart / AP Photo

De acordo com o auditor Gabriel Sterling, a liderança de Biden sobre Trump diminuiu ligeiramente porque as autoridades incluíram um pacote com novas cédulas que não foram contadas na primeira votação.

A diferença minúscula em relação aos números divulgados anteriormente reforça um padrão nas contagens eleitorais dos EUA: na grande maioria das vezes, os resultados não mudam.

Como a diferença permaneceu abaixo de 0,5 pontos percentuais, Trump ainda terá a chance de solicitar uma recontagem. Nesse caso, porém, o procedimento seria realizado eletronicamente.

Caminho difícil para Trump

Imagem do presidente Donald Trump em 13 de novembro – Foto: Carlos Barria / Reuters

O resultado representa mais um revés para o derrotado presidente, que vem tentando reverter a vitória democrata na Justiça, até o momento, sem sucesso. Trump chegou a criticar funcionários da Geórgia, como o governador Brian Kemp e o secretário de Estado Brad Raffensperger, ambos republicanos.

Raffensperger até denunciou republicanos próximos a Trump, como a senadora Lindsey Graham, por ser pressionado a interferir na contagem dos votos favorecer o presidente derrotado. O parlamentar negou qualquer intenção de intervir no processo.

O Partido Republicano vigia a Geórgia porque em janeiro o estado terá segundo turno na eleição para senatorial. Existem duas cadeiras em jogo. Se os aliados de Trump perderem os dois votos, o Partido Democrata dominará o Senado por uma margem mínima – haveria 50 cadeiras para cada partido e, neste caso, o vice-presidente eleito. Kamala Harris teria direito a voto de qualidade.

Os republicanos ainda estão tentando se mudar para dois estados que ganharam o democrata: Michigan, onde Trumpistas pressionam legisladores e parlamentares para mudar o resultado; e Wisconsin, um estado em que Trump desembolsou $ 3 milhões pedir a recontagem de votos em comarcas muito favoráveis ​​ao Biden.

BIDEN É ELEITO PRESIDENTE DOS EUA.

VÍDEOS: Eleições dos EUA em 2020

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