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O diretor e compositor pernambucano Guedes Peixoto morreu neste domingo (15), vítima de um infarto. Aos 89 anos, o artista lidava com diabetes avançado. Um dos mais renomados diretores e compositores de frevo do estado, Guedes regeu a Orquestra Sinfônica do Recife, encarregou-se da formação de diversos músicos, além de animar outros maestros como Edson Rodrigues e Spok. O funeral foi realizado esta tarde no Cemitério de Santo Amaro.
Natural de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Mário Guedes Peixoto é referência em música estadual. Iniciou a carreira artística ainda criança ao tocar trombone, a familiaridade com o instrumento levou-o a ingressar na banda Saboeira, centenária em sua cidade. Continuou seus estudos no Conservatório Pernambucano de Música, em Recife.
Foi responsável por várias orquestras em Pernambuco e embarcou na música erudita até assumir a direção da Orquestra Sinfônica do Recife entre 1975 e 1984, a convite do então Secretário da Cultura do Recife, Ariano Suassuna.
Ao longo de sua carreira, compôs diversas canções e frevos de rua, como Reforma agraria e Frevo da saudade y frevioca, além de peças clássicas influenciadas por ritmos nordestinos, como Maracatu para piano e Ciranda para orquestra. Paralelamente, formou-se em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Nesse período, exerceu, por muitos anos, na Ordem dos Músicos do Brasil – Seção Pernambuco, as funções de Conselheiro e Presidente.
Afastado dos palcos há mais de cinco anos, no ano passado o diretor foi homenageado pela Orquestra Sinfônica do Recife. Sua primeira gravação, o frevo Barbosa Filho en Frevo, completa 60 anos este ano. Naquela época, a música era gravada pelo selo Mocambo (do selo Rozenblit).